Vacina gratuita contra HPV pode ser garantida a mulheres dos 9 aos 45 anos
Gorette Brandão / Agência Senado
Mulheres com idade entre nove e 45 anos poderão ter o direito de  receber gratuitamente a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) pelo  Sistema Único de Saúde (SUS). É o que prevê projeto aprovado pela  Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta  quinta-feira (30). A ideia é oferecer para a população nessa faixa  etária um aliado no combate ao HPV, vírus transmitido por contato sexual  que vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero.
O projeto, de iniciativa da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM),  foi a exame com voto favorável da relatora, a senadora Ângela Portela  (PT-RR). A matéria seguirá agora para exame na Comissão de Assuntos  Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa . Portanto, se  aprovado, poderá passar diretamente a exame na Câmara dos Deputados.
Vanessa Grazziotin observa no projeto que o câncer de colo uterino é o  segundo tumor maligno de maior incidência na população feminina no  país, só perdendo para o câncer de mama. Citando dados do Instituto  Nacional do Câncer (Inca), afirma que são estimados 18.430 novos casos  da doença e 4.800 mortes por ano. Além disso, observa que a maior  incidência ocorre entre mulheres de baixa renda e menor escolaridade nas  regiões Norte e Nordeste.
Apesar dos altos custos associados a um programa abrangente de  vacinação contra o HPV, a relatora, Ângela Portela, afirma que os  avanços sociais e sanitários vão superar os gastos com ampla vantagem.  Atualmente, a vacina é oferecida apenas em clínicas privadas, por preços  nunca inferiores a R$ 600,00 pelas três doses necessárias e que podem  chegar perto de R$ 1.500,00 em alguns estabelecimentos.
No debate, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) observou que pode ser  difícil assegurar a vacina a toda a população feminina, de forma  imediata, em país tão grande. Porém, salientou que nada impede que a  vacina comece a ser aplicada, especialmente nas regiões onde se registra  a maior incidência de infecção pelo HPV.
Fonte Universidade Livre Feminista

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