quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Silencio dos justos

A frase de Martin Luther King: “O silêncio dos justos causa mais barulho que o tumulto dos violentos”, nos remete a luta dos afroamericanos pelos seus direitos civis, diferentemente, ao grito calado na garganta do povo afrodescendente do Brasil que desde já recebe o recado para o futuro de uma geração de jovens negros, principalmente, a partir da projeção de estudo estatístico -Unicef/UERJ – da morte de 33 mil jovens de 2006 até 2012 por conta da violência urbana, sem que se ouça qualquer contra-argumento de comoção pública na busca de “rotas de fuga” da circunscrição qual são alvos fáceis dos dados de vidas humanas na mira da violência numa clara condescendência dos justos para tal escalabro da condição humana. Qual opção se enquadra ao seu ponto de vista como causa principal para a projeção de um futuro tão sombrio para a infância na vulnerabilidade social que forma os valores do jovem alvo da estatística.
A sua participação pode ajudar a mudar o trágico futro reservado para milhares de jovens carentes, sem rotas de fuga, circunscritos pelas estatísticas da miséria da má vontade que nos imobiliza e oferece a interrogação de vida ou morte para o amanhã de toda uma geração. Se essa projeção de futuro magoa o seu coração que não quer se calar - vote - porque:

1- Participar ou não é uma questão pessoal;
2- Seu voto é secreto,;
3- Postar comentário é um exercício de cidadania;
4- Desejar inferir mudanças no destino de milhares de crianças e adolescentes é dever de todos;
5- O seu voto ou o seu comentário pode dar voz ao coro de cidadãos que não desejam ficar eternamente "refém do medo" generalizado imposto pela violência urbana determinando as relações socias dos seus vários agentes das questões mal- resolvidas da nossa historicidade.

LINK para o seu exercício de cidadania: http://projetomuquecababys.wordpress.com/category/enquetes/

domingo, 26 de julho de 2009

Livreto "Como falar sobre uso de álcool com seus filhos"

O livreto, lançado em 2005 pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) tem como objetivo informar pais e educadores sobre as melhores formas de se comunicar com crianças e adolescentes sobre o uso de álcool nas faixas etárias de 8-11 anos, 12-14 anos, 15-16 anos e 17-18 anos.

O material traz ainda informações sobre os efeitos fisiológicos e psicológicos do álcool e as melhores formas de lidar com situações do cotidiano das crianças e adolescentes envolvendo o uso e o abuso de bebidas alcoólicas.
Para visualizar e fazer o download do livreto, clique aqui

. Distribuição em escolas

O livreto é distribuído em escolas da rede pública e privada de ensino de São Paulo. O projeto inclui palestras feitas por especialistas (psicólogos e psiquiatras) e tem o objetivo de alertar e auxiliar pais e educadores sobre como prevenir e falar sobre o uso de álcool com jovens e adolescentes.

O CISA recebe inscrições de escolas interessadas em desenvolver o projeto. Para mais informações mande um email para cisa@cisa.org.br ou ligue para 11-3842-3388.

sábado, 25 de julho de 2009

Adolescente negro tem quase três vezes mais risco de ser assassinado do que branco


Paula Laboissière, da Agência Brasil

Brasília - O risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. É o que revela estudo divulgado hoje (21) pelo Observatório de Favelas, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).



A íntegra do estudo pode ser consultada na internet - http://www.unicef.org/brazil/pt/IHA.pdf

A pesquisa também indica que, para adolescentes do sexo masculino, o risco de ser assassinado é 11,9 vezes maior se comparado ao de mulheres na faixa de 12 a 18 anos. O estudo traz apenas comparativos por cor e gênero e não apresenta os índices de mortes entre jovens negros, brancos, do sexo masculino e feminino.

A coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, traçou um perfil dos adolescentes que mais morrem por homicídio no Brasil: são meninos, negros e moradores de favelas ou de periferias dos centros urbanos. Segundo ela, há ainda forte relação com o tráfico de drogas.


(Envolverde/Agência Brasil)

Desespero...


Desespero...

Por Juliano Gonçalves Pereira

Não suporto mais...

Ver meu corpo negro manchado de sangue pelas machetes dos jornais e estatísticas nacionais.

Ver minha virgindade sendo jogada no lixo nas principais rodovias deste país.

Ver meus irmãos mendigando crack nos semáforos e serem maculados como vírus, câncer que precisam ser eliminados do organismo social.

Será que não importamos para esse país? Ou melhor, será que ainda continuamos não importando para essa terra como fizeram com nossos antepassados escravizados na África e trazidos para o Brasil? Às vezes tenho a impressão que pouco importamos a quem tem a obrigação de combater tamanhas atrocidades...

Não bastaram quase quatrocentos anos de escravidão, e um legado de sermos o mais perverso país das Américas a explorar a mão de obra negra escravizada...

Um tempo hostil, injusto, desumano, apregoado de formas perversas e insanas que feriram todos os princípios dos diretos humanos universais. Temos ainda que nos deparar em pleno Séc. XXI com ações letais que continuam a matar e escravizar esse povo negro que trouxe o progresso brasileiro nos braços, pagando muitas vezes com a vida o enriquecimento dos colonizadores.

Não suporto mais, chega!...

Chega de assassinatos, chega de bala perdida que tem preferência para o jovem negro da favela, chega de erros médicos que acomete em sua grande maioria o corpo escuro da mesa hospitalar, chega de ilegalidade, se o aborto perigoso mata preferencialmente a jovem negra que não possui recursos para fazê-lo de forma segura...

Chega!

Serão 33 mil adolescentes que perderemos até 2012 segundo a UNICEF/UERJ, se não intervirmos logo... Poderá ser meu vizinho, o teu filho, ou o garotinho que joga futebol na rua no final da tarde... Poderá ser teu filho mãe negra, meu afilhado, meu irmão... Poderá ser eu!

Não suporto mais tamanha dor, de ver meu povo mergulhado na pobreza e nos piores índices sociais, imersos em ideologias perversas, alienadoras e mentirosas...

É muita injustiça, muita falta de sensibilidade e vontade política...

Meu BRASIL acorda! Estamos sendo exterminados, existe uma máquina de matar que cerceia ainda hoje 121 anos após 13 de maio 1888 a liberdade do povo negro brasileiro.

Eu não suporto mais, tamanhas mentiras nos programas de TV, não suporto mais minha história ser maculada, bagunçada, inferiorizada, estuprada, vendida, subalternizada, nas novelas...

Meu povo me ajude que não suporto mais!

Meu desespero é latente, sufocante e me deixa impotente...

Não bastou sufocar-nos e explorar-nos como mercadorias durante o período escravocrata? Não bastou retirar de meus antepassados escravizados, o direito da liberdade, da constituição de família, de ter sua própria crença religiosa?

Deixaram-nos de fora de uma Constituição entendida como cidadã, que privilegia mulheres (legítimo), índios (legítimo), portadores de necessidades especiais (legítimo), pequenas empresas brasileiras (legítimo), crianças e adolescentes (legítimo), mas esqueceram de também fazer alusão ao povo que foi escravizado, que foi impedido de estudar, de ter saúde gratuita, assistência social, de ser remunerado pelo trabalho, esqueceram de mencionar quem mais precisa desta constituição, e ainda hoje nos impedem deste direto, nos interpelando de inserir-mos na Carta Magna brasileira pelo Estatuto de Igualdade Racial, com seu texto original que garante inclusão de fato do povo negro. Não bastou sujar nossa mente com teorias de auto-negação, com a privação da educação na primeira constituição brasileira, de atos perversos e impunes que distanciaram meu povo da cultura de acreditar no poder do conhecimento, que faz com que crianças e jovens, espalhados nas periferias do Brasil tenham como única referência o tráfico de drogas.

Não bastaram as mentiras sobre nossa capacidade intelectual, agora querem nos impedir de entrar na Universidade com igualdade de oportunidades, salvos, reconhecidos e assinados por Declarações Universais...

Oxalá, chega! Eu não suporto mais...

Entender um país de controvérsias, viver em um solo manchado com o sangue inocente negro, perceber um aparthait singelo, mesquinho que direciona as pessoas na sociedade pela geografia de seu corpo...

Não posso deixar essa terra para minhas filhas e filhos, não posso permitir que esse modelo de sociedade se postergue por mais tempo, é muita injustiça, muita exploração, muita desumanidade.

Meu coração aflito grita desesperado por socorro... Escute-me, ouça Brasil!!! Ouça este teu filho negro que só deseja um solo seguro e igualitário para teus semelhantes, que continuam sendo explorados e devastados pelo racismo, pelo machismo e por todas as mais perversas formas de discriminação...

Escute Brasil seu filho, antes que uma bala perdida atinja seu corpo negro, antes que o capitalismo o embranqueça, antes que a necessidade por comida e sobrevivência assalte e roube sua auto-estima e seus ideais. Escute! Antes que retirem sua aparência Afroafirmada para não mais ser mau tratado, discriminado, inferiorizado nas portas dos bancos...

Meu Brasil, escute teu filho que está desesperado por não saber mais como se comportar diante tantas injustiças, que chora durante a noite por um irmão que fatalmente mata e outro que fatalmente morre; Por uma irmã, muitas vezes ainda criança que entrega seu corpo por R$ 5,00 (cinco), R$ 3,00 (três) reais quando não são espancadas por estes monstros ladrões e exploradores dos direitos humanos, “violadores do significado de humano”...

Não agüento mais ver tudo isso! Gritar tantas barbáries, chorar desesperado em meu canto, e simplesmente ouvir que eu deva ter paciência. Não agüento mais sentir tudo isso! Por favor façam alguma coisa, pois estou morrendo...

Juliano Gonçalves Pereira é Negro, Educador Físico, Escritor, Compositor, Pesquisador, Conselheiro Municipal de Igualdade Racial, Membro do Centro Cultural Capoeirando, Membro da Rede Lai Lai Apejo - População Negra e Aids, Membro da Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra, Membro do Movimento Negro de Montes Claros/MG, Diretor da Comunidade Terapêutica para Dependentes Químicos Emanuel, Representante Coordenador pelo estado de Minas Gerais do Fórum Nacional de Juventude Negra.

Skype: juliano.espacos

Blog: http://juventudenegraempoderada.blogspot.com/

sábado, 18 de julho de 2009

IV Feira de Profissões

A IV Feira de Profissões-USP, campus capital, será realizada na Fundação Memorial da América Latina, localizada na Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda - São Paulo - SP , nos dias 4, 5 e 6 de agosto de 2009, das 9h30 às 16h30.

Durante o evento, que faz parte do programa A Universidade e as Profissões da Pró-Reitoria de Cultura Extensão Universitária, pretende-se ter a participação em massa dos estudantes de escolas públicas ou privadas, para que os jovens possam definir melhor a carreira que almejam seguir e ter mais informações sobre o futuro profissional.
veja neste link

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Prêmio Escola 2009 de incentivo à prevenção das DST/Aids e ao uso de drogas (oitava edição)


Prêmio Escola 2009 de incentivo à prevenção das DST/Aids e ao uso de drogas (oitava edição)


O Prêmio Escola 2009 se efetiva por meio de um concurso, que consiste na seleção das melhores histórias em quadrinhos concebidas por alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, inclusive por alunos de educação de Jovens e Adultos que atendam ao tema deste prêmio.

As escolas deverão levar em consideração os temas decorrentes que fundamentam o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, a saber: DST, aids, gravidez juvenil e uso de drogas.


Leia mais aqui.

domingo, 12 de julho de 2009

Embaixador da Unicef


O ator Lázaro Ramos foi nomeado hoje o mais novo embaixador do UNICEF no Brasil e vai ajudar a levar mensagens sobre a importância da garantia dos direitos das crianças e adolescentes brasileiros.

O ator foi escolhido pelo UNICEF pela credibilidade que tem perante seu público e pela vinculação que consegue fazer entre sua agenda profissional – cheia de compromissos – e uma agenda social dedicada aos direitos de crianças e adolescentes brasileiros, principalmente aqueles em maior situação de vulnerabilidade. Lázaro conjuga o talento artístico com as qualidades pessoais para dialogar com a sociedade sobre o problema das desigualdades, do racismo e dos efeitos disso para todos.

Bastante conhecido nos meios culturais de Salvador e por seu trabalho no Bando de Teatro Olodum, ele alcançou o reconhecimento nacional por seu desempenho no cinema e, posteriormente, agregou mais popularidade com sua presença marcante em diversos programas e novelas na TV Globo.

Além de seu trabalho como ator, Lázaro produz, dirige e apresenta o programa semanal Espelho, exibido pelo Canal Brasil. Espelho é um programa de entrevistas sobre a cultura e a realidade negra brasileira. A valorização da diversidade é o tema central do programa.

Por conta de seu comprometimento com as questões sociais, Lázaro Ramos está envolvido em diversos projetos. Na cidade do Rio de Janeiro, ele procura envolver os estudantes do curso de audiovisual da Cufa (Central Única de Favelas) na produção do seu programa Espelho. A Cufa é uma ONG que trabalha em comunidades vulneráveis para promover a capacitação de crianças e adolescentes. Em 2008, Lázaro criou o projeto Ler é Poder, uma iniciativa de incentivo à leitura para crianças que moram em bairros da periferia de Salvador. Até o momento, já foram inauguradas cinco bibliotecas em diferentes bairros.

Lázaro Ramos nasceu no dia 1º de novembro de 1978, em Salvador, Bahia. Cresceu num bairro de classe média baixa e nele vivenciou e observou a realidade da qual fazia parte. Hoje, sua atuação profissional é impregnada por uma reflexão positiva sobre sua própria história de vida.

Ubuntu

Ubuntu: é uma antiga palavra Africana, cujo significado é "humanidade para todos". Ubuntu também quer dizer "Eu sou o que sou devido ao que todos nós somos".

recebido por
www.joseantoniodossantosdasilva.blogspot.com

13 DE JULHO DE 2009

13 DE JULHO DE 2009: 19 ANOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O que temos a dizer??

O que conquistamos?

O que pretendemos?

1º ENCONTRO HIP HOP MULHER


1º ENCONTRO HIP HOP MULHER

25 E 26 DE JULHO DE 2009 em São Paulo.


FORMAÇÃO POLÍTICA

INTERCÃMBIO CULTURAL

OFICINAS TEMÁTICAS

ATIVIDADE ARTÍSTICA



www.hiphopmulher.com.br



PROGRAMAÇÃO

25/07/2009 (SÁBADO):

  • 10h (manhã) Painel de Abertura: Nosso papel é mudar!

Mesa: Kênia Tomac – Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo;

Ana Tomé – Centro Cultural da Espanha;

Eleílson Leite – ONG Ação Educativa;

Rúbia Fraga – Rapper;

Ana Clara Marques – Grafiteira;

Monique Mendonça dos Santos – B Girl;

Simone Lasdenas Wenceslau “Dj Simmone” – DJ (a confirmar);

Tiely Queen – Coordenadora do Projeto Hip Hop Mulher.

  • 12h:00m às 13h:00m: ALMOÇO;
  • 13h30m às 15h30m: 1ª OFICINA – “Respeito Acima de Tudo! – Diversidades”, com Valéria Melki Busin – Católicas pelo Direito de Decidir;
  • 15h30m: Intervalo – (projeção de curtas e café);
  • 16h00m às 18h30m: 2ª OFICINA: “Mulher e Política – Conquistando espaços de Direito” com Fernanda Papa – Fundação Friedrich Ebert.
  • 18h30m: Encerra o 1º dia.

26/07/2009 (DOMINGO):

  • 10h00m às 12h30m: 3ª OFICINA: “A mulher no Hip Hop, vozes pra causar!”, com Ana Lúcia Silva Souza – colaboradora da Ação Educativa;
  • 12h30m às 13h30m: ALMOÇO.
  • 14h00m às 16h30m: 4ª OFICINA: “Ler e Escrever – O Poder em nossas mãos!”, com Cidinha da Silva – escritora;
  • 16h30m: Intervalo – (projeção de curtas e café);
  • 17h00m às 19h00m: 5ª OFICINA: “Produção Cultural – Quando o lúdico se transforma em profissão.” com Nega Duda do Recôncavo (Cantora e compositora) e Giselda Perê (Artista e Educadora, integrante do Coletivo Agbalá).
  • 20h00m: FESTA DE ENCERRAMENTO (ABERTA AO PÚBLICO) – AS APRESENTAÇÕES SERÃO DEFINIDAS NA PRIMEIRA SEMANA DE JULHO.