quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Video sobre Adolescência -

O primeiro de uma série de documentários cuja temática discute o universo adolescente. Neste episódio Priscila Pacheco aborda gravidez na adolescência e o preconceito contra a mãe jovem.



Adolescência - DOC NNT 08 from Nós na Tela on Vimeo.


Fonte: Universidade Livre Feminista

terça-feira, 5 de outubro de 2010

nossos preconceitos, nossas escolhas e nossas rejeições

Este cartaz saiu da Espanha e está rodando o mundo (traduzido).
Muito bom para chacoalhar os países que estão discriminando estrangeiros.
Bom também para todos nós para uma reflexão sobre nossos preconceitos, nossas escolhas e nossas rejeições...!

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa

Escolas e colegas são hostis a alunos e alunas homossexuais, aponta pesquisa

DA AGÊNCIA BRASIL
As escolas brasileiras são hostis aos homossexuais e o tema da sexualidade continua sendo pouco discutido nas salas de aula. Essas são as principais constatações da pesquisa Homofobia nas Escolas, realizada em 11 capitais brasileiras pela organização não governamental Reprolatina, com apoio do Ministério da Educação.
"A homofobia é negada pelo discurso de que não existe estudantes LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e travestis] na escola. Mas quando a gente ia conversar com os estudantes, a percepção, em relação aos colegas LGBT, era outra", contou uma das pesquisadoras, Magda Chinaglia.
Parte dos dados, com destaque sobre a situação na cidade do Rio, foi divulgada nesta segunda-feira. Os dados completos, com informações sobre a visita a 44 escolas de todas as regiões do país e trechos de 236 entrevistas feitas com professores, coordenadores de ensino, alunos do 6º ao 9º ano, além de funcionários da rede, devem ser divulgados até o final do ano.
De acordo com a pesquisa, os homossexuais são bastante reprimidos no ambiente escolar, onde qualquer comportamento diferenciado "interfere nas normas disciplinares da escola". "Ouvimos muito que as pessoas não se dão ao respeito. Então, os LGBT têm que se conter, não podem [se mostrar], é melhor não se mostrarem para serem respeitados", contou a pesquisadora.
No caso dos travestis, a situação é mais grave. Além da invisibilidade, fenômeno que faz com que os alunos e as alunas homossexuais não sejam reconhecidos, nenhuma escola autorizava o uso do nome social (feminino) e tampouco o uso do banheiro de mulheres. "Os travestis não estão nas escolas. A escola exige uniforme, não deixa os meninos usarem maquiagem. Os casos de evasão [escolar] são por causa dessas regras rígidas", explicou Magda.
De acordo com a vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Marjorie Marchi, que assistiu à divulgação dos dados, é principalmente a exclusão educacional que leva muitos travestis à prostituição. "Aquele quadro do travesti exposto ali na esquina é o resultado da falta da escola. Da exclusão", disse.
Em relação à educação sexual, os professores alegam que o tema não é muito discutido porque as famílias podem não aprovar a abordagem. "Existe um temor da reação desfavorável das famílias, Mas isso é o que eles [os professores] dizem", afirmou Magda. "Os estudantes não colocam a família como um problema. Aqui, cabe outra pesquisa para saber se as famílias interferem", completou.
A pesquisa não analisou especificamente os casos de violência, embora os especialistas tenham citado a ocorrência de brigas motivadas pela orientação sexual da vítima e colhido inúmeros relatos de episódios de homofobia. O objetivo é que o documento auxilie estados e municípios a desenvolver políticas públicas para essa população.
No Rio, as secretarias estaduais de Assistência Social e de Educação trabalham juntas num projeto de capacitação de professores multiplicadores em direitos humanos com foco no combate à homofobia. A meta é capacitar cerca de 8.000 dos 75 mil professores da rede até 2014.

Fonte Folha.com

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A puberdade vem mais cedo. E a infância fica mais curta

Fenômeno da antecipação do desenvolvimento das crianças é observado pela ciência. E, segundo especialistas, é caminho sem volta

Nathalia Goulart
A puberdade está chegando mais cedo, segundo a ciência. Se antes as mudanças no corpo e no comportamento típicas dessa fase ocorriam por volta dos 13 anos, hoje as transformações começam em torno dos 9 para as meninas e dos 10 para os meninos, antes mesmo da chegada da adolescência.
Pesquisas sobre o assunto não faltam. Estudo publicado recentemente mostra que as meninas são mais propensas agora a desenvolver seios e a menstruar entre os 7 e 8 anos de idade. A pesquisa é apenas a mais nova de uma enxurrada de relatórios que elevaram o acalorado debate sobre o ritmo acelerado de desenvolvimento infantil.
A puberdade é o período do desenvolvimento em que acontecem mudanças biológicas, fisiológicas e psicológicas. O indivíduo se torna mais maduro e com capacidade para se reproduzir. Nesse período, glândulas desencadeiam a produção de hormônios sexuais. As consequências no corpo se tornam evidente: as meninas ganham formas mais arredondadas, os seios e o quadril aumentam e os pêlos pubianos surgem. Nos meninos, a voz engrossa, os ombros e o tronco se alargam e o esqueleto se alonga.
A antecipação desse período tem sido registrada nos periódicos médicos e também é constatada por profissionais da área. "Há cerca de uma década, as meninas menstruavam aos 13,7 anos, em média. Hoje, essa idade caiu para 12,6 anos. E a tendência é que nos próximos anos esse estatística caia ainda mais", conta Felisbela Soares de Holanda, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
As razões para esse fenômeno são diversas. Entre elas, está a alimentação, mais rica em gordura, maior exposição à radiação solar e o stress da vida urbana, que afetam diretamente as crianças. Os estímulos aos quais são expostas influenciam o amadurecimento precoce. A erotização, por sua vez, também é alimentada por filmes, telenovelas e pela publicidade.
Para Ângelo Monesi, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, a aceleração da puberdade é um caminho sem volta na vida de nossas crianças. "Sem dúvida, a infância está mais curta, a adolescência, antecipada", diz Moneni. "As crianças são exigidas para a vida adulta cada vez mais cedo."
As consequências, é claro, cobraram seu preço. Além das implicações médicas que o turbilhão de hormônios pode trazer, a vida pode ser mais complicada para os garotos que têm a mente de uma criança, mas o corpo e comportamento de um adolescente. Eles podem não estar prontos para lidar com os avanços sexuais ou controlar suas próprias emoções e impulsos enriquecidos pelos hormônios e estímulos.
O desempenho escolar também exige cuidados. "A precocidade da puberdade pode trazer a diminuição das competências intelectuais", explica Silvana Martani, psicóloga e autora do livro Manual Teen. "Qualquer aspecto precoce produz um déficit de rendimento. O corpo está num processo e a mente, em outro. A precocidade pode trazer consigo um décifit maior de atenção, de concentração, das habilidades de reter conhecimento e realizar tarefas escolares." Os pais e professores devem estar atentos.
 Fonte: Veja Educação

Despertar das crianças para o sexo desafia escolas

Antecipação da puberdade leva instituições a introduzir aulas de educação sexual para alunos cada vez mais novos

Nathalia Goulart
Certo dia, a professora Ana Maria de Sousa se deparou com uma troca inusitada de olhares entre alunos de sexta série da Escola Waldorf, em São Paulo. Não foi a primeira manifestação a chamar a atenção dela. A proximidade dos estudantes nos corredores, os rumores de festinhas no fim de semana e as conversas sobre sexo alimentaram ainda mais a  preocupação. A transformação precoce das crianças muitas vezes pega pais e professores desprevenidos: "Eles não são muito jovens para isso?", perguntam-se. Ao invés de reprimir os alunos, a escola decidiu convidar um especialista e apresentá-lo à turma. Esse profissional passou a debater o assunto com alunos, docentes e pais.
Crianças e pré-adolescentes às voltas com a descoberta da sexualidade não são exclusividade da Waldorf, que fique bem claro. Cada vez mais cedo, eles dão os primeiros passos rumo à puberdade, período em que um turbilhão de hormônios desperta novos desejos e curiosidades e altera o comportamento dos infantes. As novidades assustam os pais e também os professores, que precisam se desdobrar diante da nova situação.
Claudio Gatti
Ana Paola e Giovana
Ana Paola (à esq.) e Giovanna, de 12 anos
Cláudia Bonfim, doutora em educação sexual pela Universidade Estadual da Campinas (Unicamp), diz que é possível identificar comportamentos precoces desde o jardim da infância. "Esses casos acontecem de forma isolada, mas é certo que as transformações se apresentam cada vez mais cedo", diz a especialista. Birgit Mobus, psicopedagoga do Colégio Suíço-Brasileiro, confirma o fenômeno: "Quando analisamos a última década, essa precocidade é constatada. Se antes, alguns alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental trocavam 'selinhos', hoje estudantes do fim do primeiro cliclo já 'ficam', saem e até namoram".
De olho na questão, algumas escolas seguem os passos da Waldorf, incluindo em seus currículos aulas de educação sexual, dirigidas a alunos cada vez mais novos. Afinal, se o corpo muda mais cedo e os interessem surgem, a orientação precisa acompanhar a mudança. "Antes, educação sexual era assunto para o ensino médio. Hoje, tratamos do tema com crianças de 10 anos e já sentimos a demanda dos professores para que a conversa seja estendida aos de 8 e até 7 anos de idade", diz Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan de sexualidade, consultora do tradicional Colégio Bandeirantes, de São Paulo, e coordenadora do projeto-piloto Quebra Tabu, que está implementando aulas de educação sexual em trinta escolas da rede pública de Alagoas.
O Colégio Magnum, de Belo Horizonte, também instituiu as aulas. Na escola mineira, elas acontecem a partir da quarta série. "Sentimos a mudança de comportamento dos alunos e acreditamos que hoje o tema deve ser abordado nesse momento", afirma Anselmo Sampaio, coordenador de formação humana e cristã do Magnum. "Antes, falávamos apenas com os alunos do ensino médio, por volta dos 15 anos."

Divergência entre pais - A escolha dos mestres pode não agradar a todos os pais. Alguns deles ficam assustados com a proposta de tratar de tema tão espinhoso em tão tenra idade. A contadora Maria Aparecida Carasco, mãe de Amanda, de 12 anos, conta que se sentiu incomodada ao saber das aulas de educação sexual da filha na quarta série do Colégio Haya, em São Paulo. "Acho importante falar sobre o assunto, mas a idade deve ser levada em conta. Se isso for feito antes da hora, estimula desejos e curiosidades e pode atrapalhar o desenvolvimento da criança", opina Maria Aparecida. Já Amanda diz que se sentiu "confortável" com as aulas e que os ensinamentos esclareceram algumas dúvidas. "O assunto já existia entre algumas amigas. Tem gente que não sabia nada e passou a se conhecer e entender melhor", conta a menina.
Giovanna, de 12 anos, também teve aulas de educação sexual na quarta série do Colégio Porto Seguro. A mãe, a pedagoga Ana Paola Augusto, não se opôs. "É importante abordar o tema. Percebo que a minha filha amadureceu de uma forma rápida e a infância foi mais curta para ela. O comportamento dela mudou em muitos aspectos e isso exige uma nova postura da escola", explica. Entre as mudanças sentidas pela mãe estão novos temas nas conversas e até uma nova maneira de se vestir. "Desde muito cedo, a Giovanna queria fazer a unha e se maquiar para parecer mais velha, mas optei por não incentivar esse comportamento."
Claudio Gatti
Maria Aparecida e Amanda
Amanda (à esq.), de 12 anos, e Maria Aparecida
O diálogo com os pais no processo é fundamental, pregam os especialistas. Eles precisam entender o ritmo das transformações para que possam contribuir da melhor maneira possível para o desenvolvimento saudável dos filhos. "O número de pais que se opõem a educação sexual nas escolas é pequeno. Alguns, inclusive, optam por instituições que ofereçam esse tipo de assistência", diz Maria Helena, da Kaplan. A maior aceitação se dá, em grande medida, porque muitos compreendem que a orientação oferecida pode esclarecer dúvidas e acalmar os hormônios à flor da pele.
Em casa, os pais também se sentem desajeitados com as mudanças. Por isso, a ponte escola-casa pode ser fundamental para atravessar o período das transformações. "Na escola, as palestras e encontros não devem acontecer somente com os alunos, mas também com os responsáveis", diz Silvana Martani, psicóloga e autora do livro Manual Teen.

As aulas - De forma geral, a conversa com os alunos se inicia pelas transformações que eles já experimentam. Nessa etapa, o orientador fala sobre a puberdade, as mudanças no organismo e os cuidados que a nova etapa exige, principalmente os ligados à higiene. Em seguida, são apresentadas informações sobre a reprodução humana, já que nesse período pode se iniciar o período mais intenso de investigação do próprio corpo. Um item não pode faltar, dizem os especialistas: mostrar às crianças que é necessário crescer com responsabilidade. Por fim, o assunto chega ao relacionamento sexual humano. Os professores procuram diferenciar mitos e verdades. Dúvidas sobre os métodos contraceptivos e também as doenças sexualmente transmissíveis são outros tópicos pertinentes.
No Colégio Waldorf, a professora Ana Maria encontrou a solução para lidar com eventuais situações embaraçosas. Depois de promover uma conversa inicial entre um especialista e os estudantes, ela programa outros encontros. Desta vez, as perguntas serão escritas e anônimas. "Assim, ninguém corre o risco de ser identificado, o que causaria constrangimento, e pode tirar suas dúvidas tranquilamente. Afinal, esse é o objetivo: ajudar o aluno a lidar com sua própria realidade."



Fonte: Veja educação

A Escola e o despertar sexual do aluno


Segundo especialista, em geral, professores não estão preparados para orientar seus estudantes

Nathalia Goulart
O despertar precoce das crianças para o sexo desafia professores. Nas escolas, os mestres devem evitar a repressão e, ao mesmo tempo, conduzir um processo educativo que aborde valores, diferenças individuais e crenças. Isso é fundamental tanto na infância como na adolescência, quando a questão ressurge a todo vapor.
Para tratar do assunto delicado, os professores precisam de sensibilidade e principalmente preparo, defende Cláudia Bonfim, doutora em educação sexual pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "O professor deve se reeducar e entender que, nos dias de hoje, tudo acontece mais cedo com as crianças. Não é mais como nos tempos dele", afirma Cláudia. "Se isso não estiver claro para o mestre, a primeira reação dele diante de uma situação nova será de negação ou repressão: nenhuma dessas atitudes é eficiente para o desenvolvimento sadio do aluno."
Birgit Mobus, psicopedagoga do Colégio Suíço-Brasileiro, reitera: "Não basta dizer a uma menina que senta no colo de um aluno mais velho que aquele comportamento é inapropriado. É preciso ajudá-la entender as dimensões daquele gesto".
As dificuldades para lidar com as situações reais não são pequenas. Na razão do problema, estaria a falta de preparo. "Os professores precisam saber como transformar sua fala em uma ação educativa. Para isso, em geral, eles não estão capacitados", lamenta Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan de sexualidade, consultora do Colégio Bandeirantes, de São Paulo, e coordenadora do projeto-piloto Quebra Tabu, que implementa a educação sexual em quarenta escolas da rede pública de Alagoas.
Em sua pesquisa de doutorado, Claudia Bonfim descobriu que a questão é urgente. Segundo ela, 90% dos professores entrevistados não estavam preparados para lidar com questões relativas a crescimento e sexualidade dos estudantes, embora identificassem tais fenômenos.

Fonte: revista veja educação

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Violência psicológica familiar lidera ranking de violações a direitos da infância

Violência psicológica familiar lidera ranking de violações a direitos da infância


O dado é de um estudo do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), da Fundação Instituto de Administração (Fia) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que analisou 2.421 relatos sobre violação de direitos de crianças e adolescentes em todo o país. Direito à alimentação é a segunda violação mais cometida.

Os resultados de pesquisa estão no livro “Retratos dos direitos da criança e do adolescente no Brasil: pesquisa de narrativas sobre a aplicação do ECA”, cujos dados se baseiam também no acervo de informações produzidas pelo concurso Causos do ECA, do portal Pró-Menino da Fundação Telefônica, a partir de narrativas coletadas nas edições de 2005 a 2009..

Para a professora doutora Rosa Maria Fischer, coordenadora do Ceats, esta pesquisa retrata a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para a promoção dos direitos da criança e do adolescente. “Este estudo ilumina os esforços dirigidos pelo Estado e pela sociedade para a superação de desafios presentes no âmbito da garantia dos direitos desses públicos no país de modo a tornar efetivo o ECA para todas as camadas sociais”, comenta.

A análise das histórias que foram classificadas como violação de direitos revelou que a violência psicológica cometida por familiares ou responsáveis foi o tipo de violação de direitos assegurados pelo ECA que apresentou mais elevada frequência nessas narrativas: 36%. Os outros quatro tipos de violação de direitos mais frequentes foram: privação do direito de alimentação (34,3%), abandono (34,2%), violência física cometida por familiares/responsáveis (25,8%) e violação ao direito de higiene (25,0%).

O livro “Retratos dos direitos da criança e do adolescente no Brasil” está disponível em www.fundacaofia.com.br/ceats/pesquisa_causos.pdf. AQUI

Fonte: Andi e portal onda jovem

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Campanha para prevenção da gravidez faz pequisa online. Participe.




Dia 26 de setembro é o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência. A campanha procura, todos os anos, chamar atenção de todos para melhorar a educação sexual e reduzir o número de gravidez indesejada em todo mundo. E o índice ainda é alto. De cada 10 bebês que nascem, um é de mãe adolescente.

Mesmo em um ambiente onde há informação por todos os lados, sexo ainda é um assunto delicado para muitos. Quem é que nunca teve uma dúvida e ficou com vergonha de contar para alguém? O site Sua Vida faz parte da campanha deste ano e procura facilitar o acesso das mulheres às informações que elas precisam.

Aproveite e participe da pesquisa online. É só entrar no site e responder algumas perguntas. É rápido e vai ajudar a campanha a conhecer melhor o perfil da mulher brasileira, seus hábitos e dúvidas.


Para saber mais

Sua VidaSite da campanha de 2010 para o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência

Fonte: Canal futura

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Grêmio Estudantil -Cartilha

Voce quer saber como montar e participar de um Gremio estudantil? O Instituto Sou da Paz fez uma cartilha para ajudar. Vejam Clicando aqui. Ajudem a fazer valer esta iniciativa.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Diferenciando conceitos: Pedofilia, Abuso ou Exploração Sexual?

O combate à violência sexual contra crianças e adolescentes exige constante mobilização da sociedade. A imprensa exerce um papel fundamental nesse contexto, ao denunciar casos de violação de direitos, alertar a população sobre o problema e cobrar o posicionamento das autoridades. Mas, para isso, o jornalista precisa estar atento. Saber diferenciar os tipos de violência é o primeiro passo para uma cobertura adequada sobre o tema
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes está entre as situações que mais geram comoção na sociedade. Nos últimos anos, não foram poucos os casos de abuso sexual, exploração sexual comercial, pedofilia, entre outras violações de direitos que ganharam repercussão no noticiário – o que motivou entre cidadãos e cidadãs, além do compreensível sentimento de indignação, a percepção de que vêm aumentando os registros desse tipo de violência no Brasil. De fato, o problema tem alcançado maior visibilidade desde meados dos anos 1990, quando movimentos organizados da sociedade civil, setores governamentais e organismos internacionais, entre outros atores, passaram a debater mais abertamente tal realidade – impulsionados, em grande parte, por um processo mundial de mobilização.

No entanto, mais do que um cenário de aumento puro e simples dos casos de violência sexual, o que as estatísticas revelam é uma expansão na quantidade de denúncias registradas. Um exemplo dessa realidade é o volume de ligações recebidas pelo Disque Denúncia Nacional, o serviço telefônico coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Em 2007, foram contabilizadas 7.121 denúncias de abuso sexual. Em 2009, esse número subiu para 9.638. Tal contexto pode ser associado ao fato de o pacto de silêncio e o tabu, que sempre marcaram o fenômeno, estarem sendo progressivamente desconstruídos.

Não resta dúvida de que a imprensa brasileira passou a ter um importante papel nesse contexto. Como demonstram os estudos conduzidos pela ANDI sobre a cobertura dos temas relacionados aos direitos das novas gerações, vem crescendo nos jornais a presença de pautas cujo foco são os crimes sexuais cometidos contra a população infanto-juvenil. Em 2005, os temas ligados a abuso e exploração sexual correspondiam a 4,08% do total de matérias publicadas nos 53 jornais acompanhados pela ANDI. Em 2009, essa taxa já era de 5,14%. Cabe perguntar, contudo, com quais limites os jornalistas têm se deparado ao lidar com uma realidade tão complexa e multifacetada. Existe uma abordagem diferenciada no noticiário em relação aos vários tipos de violência sexual identificados no País?
ABUSO SEXUAL X EXPLORAÇÃO SEXUAL 
Tratar o Abuso Sexual e a Exploração Sexual como sinônimos é um equívoco bastante frequente na abordagem de questões relacionadas à violência sexual contra crianças e adolescentes, seja no noticiário, seja na voz das próprias fontes de informação. Como veremos, há de fato elementos comuns – como os relacionados, por exemplo, às  conseqüências para as vítimas – que permeiam os vários crimes sexuais praticados contra meninos e meninas. No entanto, conhecer e diferenciar as diversas outras características que também definem essas formas de violência é um passo necessário no processo de mobilização e conscientização da sociedade.

Como afirma o documento Abuso Sexual Infantil y Explotación Sexual Comercial Infantil em América Latina y El Caribe – Informe Genérico Situacional, produzido em 2006 pela Save The Children Suécia, o principal elemento de diferenciação entre esses dois tipos de crime está relacionado ao interesse financeiro que está por trás da Exploração Sexual. Daí, inclusive, o fato de muitas instituições e especialistas terem passado a explicitar o termo “comercial” ao referir-se aos casos de exploração de crianças e adolescentes no âmbito da prostituição.

Em uma definição mais geral, podemos dizer que tanto o Abuso Sexual quanto a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes fazem parte de um conjunto de condutas exercidas, com ou sem consentimento dos vitimados, por uma pessoa maior de idade, que utiliza seu poder ou autoridade para a obtenção de favores ou vantagens sexuais. Para facilitar o entendimento sobre a diferença entre o Abuso e a Exploração Sexual sintetizamos a seguir, ainda que possa parecer redundante, a definição conceitual usualmente utilizada pelos especialistas.
Compromisso
O item 34 do Documento Final do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes aponta para necessidade de se tratar abusadores sexuais condenados, garantindo, assim, a reintegração segura desses indivíduos ao convívio social após o cumprimento das devidas sanções criminais.
Abuso Sexual – O abuso sexual pode se manifestar dentro ou fora da família e acontece pela utilização do corpo de uma criança ou adolescente para a satisfação sexual de um adulto, com ou sem o uso da violência física. Desnudar, tocar, acariciar as partes íntimas, levar a criança a assistir ou participar de práticas sexuais de qualquer natureza também constituem características desse tipo de crime.

Exploração Sexual Comercial (ESCCA) – Consiste na utilização de crianças e adolescentes em atividades sexuais remuneradas, como a exploração no comércio do sexo, a pornografia infantil ou a exibição em espetáculos sexuais públicos ou privados. A ESCCA não se restringe aos casos em que ocorre o ato sexual propriamente, mas inclui também qualquer outra forma de relação sexual ou atividade erótica que implique proximidade físico-sexual entre a vítima e o explorador. Segundo a definição elaborada no I Congresso Mundial de Combate à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes – realizado em Estocolmo, Suécia, em 1996 –, nesse tipo de violação aos direitos infanto-juvenis, o menino ou menina explorado passa a ser tratado como um objeto sexual ou mercadoria. Assim ficam sujeitos a diferentes formas de coerção e violência – o que, em muitos casos, implica trabalho forçado e outras formas contemporâneas de escravidão. É esse cenário de subjugação dos mais fortes pelos mais fracos que torna inadequado o uso do termo “prostituição” para identificar crianças e adolescentes vítimas de Exploração Sexual.
Fonte: Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – Guia de referência para a cobertura jornalística
Conceitos científicos
A Organização Mundial de Saúde considera a pedofilia como a preferência sexual por meninos e/ou meninas pré-púberes ou no início da puberdade. A Associação Americana de Psiquiatria detalha um pouco mais a noção, classificando pedofilia dentro do grupo das parafilias, que são anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que causam sofrimento ou prejuízo da vida social ou ocupacional do indivíduo. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação, a pedofilia “envolve atividade sexual com uma criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos)” e o indivíduo com pedofilia deve ter acima de 16 anos e ser pelo menos cinco anos mais velho que a criança com a qual ele tem relação sexual ou deseja ter.
ABUSO SEXUAL X PEDOFILIA
Embora a atual movimentação de governos, meios de comunicação e sociedade no enfrentamento da violência sexual represente um grande avanço, ainda é comum ver os termos “pedofilia” e “abuso sexual” sendo usados como se fossem sinônimos. É preciso ressaltar, no entanto, que uma diferenciação mais clara entre esses dois conceitos pode ser útil para qualificar a cobertura midiática e as ações governamentais de enfrentamento do problema e responsabilização de ofensores sexuais.

O conceito psiquiátrico de pedofilia diz respeito ao transtorno comportamental de indivíduos que sentem atração sexual por crianças. “O pedófilo é aquele que preferencialmente tem a sua libido exacerbada com a presença da criança e, principalmente, crianças muito pequenas”, explica o psiquiatra José Raimundo Lippi, presidente da Associação Brasileira de Prevenção e Tratamento das Ofensas Sexuais e coordenador do Ambulatório Especial para Acolhimento e Tratamento de Famílias Incestuosas (Amefi), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ao chamar de pedofilia qualquer ofensa sexual contra a criança, somos levados a ignorar o fato de que nem todo abusador sexual é um pedófilo, como explica a representante do Conselho Federal de Psicologia no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Maria Luiza Moura Oliveira: “algumas dessas pessoas podem ter realmente uma compulsão por sexo com crianças, mas outras se aproveitam de situações em que as crianças ficam mais expostas e vulneráveis para obter prazer sexual”.
LEGISLAÇÃO

É importante deixar claro que a pedofilia não é um conceito de origem jurídica, mas um transtorno que pode levar o indivíduo a praticar crimes como o abuso sexual contra crianças e adolescentes e a divulgação e o armazenamento de conteúdos de pornografia infantil. Na legislação brasileira, por exemplo, o termo “pedofilia” não é citado em nenhum momento. “Não se julga a pedofilia. A tarefa do juiz da infância é dar a sentença de absolvição ou de condenação em um processo sobre abuso sexual”, explica o Juiz da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre, José Antônio Daltoé Cezar, que integra a Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP). 

De acordo com o magistrado, quando um processo entra em julgamento, o juiz não procura saber se o réu sofre ou não de pedofilia, devendo apenas considerar se o suposto abusador tem consciência de seus atos. “A pessoa pode ter esse transtorno, mas isso não afasta sua responsabilidade, se ele tiver agido conscientemente. No conceito médico, o pedófilo é compulsivo, mas sabe o que está fazendo”, afirma. O juiz defende, entretanto, que o sistema penitenciário brasileiro ainda precisa ser equipado para que abusadores diagnosticados com transtornos sexuais sejam tratados para poder retornar ao convívio social. Nesses casos, apenas a reclusão não seria suficiente para impedir a reincidência.
Sugestões de Pauta
1. É possível dar visibilidade às práticas de recuperação de vítimas de Abuso Sexual executadas por entidades governamentais e não-governamentais, focando os mecanismos que são utilizados para reforçar a auto-estima da criança e reintegrá-la socialmente. Veja a relação custo/benefício dessas ações.
2. Verifique se o seu estado ou município já possui um Plano de Enfrentamento à Exploração e Abuso Sexual e em que estágio está a implementação. Veja quais os mecanismos de combate existem e investigue sua eficácia, analisando os recursos humanos e financeiros empregados e comparando a iniciativa com experiências bem sucedidas em outras localidades.
3. O artigo 13 do ECA determina que médicos, professores ou responsáveis por estabelecimentos de saúde e ensino devem, obrigatoriamente, comunicar às autoridades competentes os casos de maus tratos contra crianças e adolescentes. Uma matéria pode questionar o preparo desses profissionais para reconhecer sinais de violência e denunciá-los.
4. Merecem atenção especial as causas da conivência de parentes com a violência sexual ocorrida no ambiente familiar. Consulte especialistas e autoridades responsáveis pelo combate ao problema.
5. É fundamental abordar a relação entre baixa escolaridade e renda com a Exploração Sexual, utilizando personagens e depoimentos. Pode-se traçar um contraponto analisando os fatores que levam adolescentes de classe média e alta a serem vitimadas pela exploração.
Fonte: O Grito dos Inocentes – Os meios de comunicação e a violência sexual contra crianças e adolescentes
TRATAMENTO

Embora não haja consenso se a melhor forma de tratar da pedofilia é a intervenção química e/ou psicoterápica, o psiquiatra José Raimundo Lippi afirma que o enfrentamento da ofensa sexual contra crianças e adolescentes deve ser encarado também como questão de saúde pública, não se restringindo a uma abordagem criminalista. “O que se tem hoje é o atendimento do clamor público pela punição. Evidentemente que o pedófilo que comete a ofensa sexual é perigoso e deve ser isolado, mas, ao mesmo tempo, ele precisa de tratamento”, afirma o especialista.

Para o psiquiatra, é importante garantir tanto o tratamento de abusadores já condenados quanto o de indivíduos que ainda não cometeram algum crime do tipo, mas se sentem atraídos sexualmente por crianças. Ele avalia, contudo, que esse trabalho é dificultado em função de todo o horror relacionado a casos de abuso e aos tabus da sexualidade: “uma pessoa teria muito receio de ir até um ambulatório que atende a possíveis pedófilos. No caso do Amefi, por exemplo, atendemos apenas a casos de incesto que foram encaminhados pela justiça”.

Embora ainda seja difícil que o pedófilo reconheça seu transtorno e procure ajuda, a psicóloga Maria Luiza afirma que é preciso abrir espaço para que essas pessoas se dirijam voluntariamente para o tratamento. Ela cita o exemplo do Projeto Invertendo a Rota: Ações de Enfrentamento da Exploração Sexual Infanto-Juvenil em Goiás, realizado desde 2004 pelo Centro de Estudo, Pesquisa e Extensão Aldeia Juvenil (CEPAJ), da Universidade Católica de Goiás (UCG). De acordo com a psicóloga, que participou da coordenação do Projeto, houve a disponibilização de uma linha telefônica para atender pessoas que acreditassem sentir atração compulsiva por crianças. Em uma das etapas do programa, quando a linha ficou disponível por um período de três dias, recebeu mais de 200 ligações, permitindo o encaminhamento de pelo menos 50 pessoas para tratamento.


Sugestões de Fontes:

Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da
Presidência da República
Sistema de Informação para a Infância e
Adolescência (Sipia)
Alexandre Reis - assessor técnico
Disque-Denúncia Nacional (Disque 100)
Leila Paiva - coordenadora
Assessoria de Comunicação
(61) 2025-9805 / 2025-3498

Comitê Nacional de Enfrentamento à Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes
Eryca Montenegro - assessora de comunicação
(61) 3347-8524

Childhood Brasil - Instituto WCF
Anna Flora Werneck - coordenadora de projetos
(11) 3841-4955 / 4890 / 4830
awerneck@wcf.org.br
www.wcf.org.br

Graça Gadelha
Socióloga e consultora na área de Exploração
Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes
(61) 3340-0795 / 3349-9401 / 8151-9878
graca.gadelha@terra.com.br

Marlene Vaz
Socióloga, pesquisadora e especialista em
promoção de direitos.
(71) 8803-4567
marlenevaz@uol.com.br

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente
(Cedeca) do Distrito Federal
Perla Ribeiro - coordenadora
Fabrício Candido - assessor de Comunicação
(61) 3274-7671 / 8425-5962

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Conanda)
Benedito dos Santos - secretário executivo
(61) 2025-3525 / 2025-3524
www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/ sedh/conselho/conanda/

Centro de Referência, Estudos e Ações sobre
Crianças e Adolescentes (Cecria)
Vicente Faleiros - coordenador
(61) 3274-6632 / 3349-2659

Associação Nacional dos Centros de Defesa da
Criança e do Adolescente (ANCED)
Vívian Mendes - assessora de comunicação
(11) 3159-4118
anced@anced.org.br
www.anced.org.br

Cultura da Periferia

Video de Regina Casé apresentando a necessidade de valorização da cultura da periferia pelas mídias. Muito bom. Apreciem.


TEDxSP 2009 - Regina Casé from TEDxSP on Vimeo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Escolas devem adotar nome social de gays nas chamadas

Por Redação Nota 10

Uma prática que já acontece no Paraná deve se espalhar por todo o Brasil: o fato de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais terem o chamado nome social nos livros de chamadas das escolas. Há alguns dias o MEC expediu ofício aos Conselhos Estaduais de Educação do país e associações ligadas à educação formal do país solicitando que essa prática fosse seguida.

Com isso, em vez do nome de registro civil, o nome adotado pelas pessoas transexuais e travestis é que deverá constar nos documentos internos escolares. A orientação teve início no Ministério Público do Paraná, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Educação.

A decisão foi da promotora de justiça Hirmínia Dorigan de Matos Diniz. O parecer foi em resposta à consulta feita pelo Conselho Estadual de Educação (CEE-PR), que atendeu a uma reivindicação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). O parecer  é do ano passado.

De acordo com Hirmínia, a inclusão do nome social deve se dar apenas nos registros estritamente internos das escolas, como aqueles constantes nos livros de chamada dos professores. Ela ressalta, no entanto, haver a necessidade da existência de alguma forma de registro nas escolas, como uma ficha com tal opção, que relacione o nome civil com o nome social, para controle documental.

No parecer, assinado pela socióloga Daiane de Oliveira Lopes Andrade, o MEC recomenda que todas as unidades da federação adotem medidas para a promoção do respeito à diversidade sexual e à identidade de gênero a fim de garantir um efetivo combate à homofobia e ao sexismo no ambiente escolar.

Embora a medida já tenha sido adotada em alguns estados, como o Paraná e o Mato Grosso do Sul, bem como em algumas capitais, como Belo Horizonte, a prática até então não havia sido institucionalizada em grande parte do país.

(Envolverde/Nota 10)

.Pais e Mães seram punidos por Alienação Parental

Sancionada a lei que pune pais e mães que tentam usar aquela tática de colocar seus filhos contra o ex-parceiro. Prática que é conhecida como alienação parental pode gerar multa, perda da guarda do menor e suspensão da autoridade sobre o filho.


 
Aproveito a deixa para indicar o documentário "A Morte Inventada" que mostra o que acontece quando os filhos são usados como instrumento de vingança. O documentário longa-metragem “A Morte Inventada” (2009), foi realizado pelo diretor Alan Minas e da Caraminhola Produções.
Alienação Parental. Citado assim, o assunto causa curiosidade e, certamente, desconhecimento entre muitos. Quando explicado, o caso é reconhecido e, infelizmente, percebemos que é cada dia mais habitual. Alienação Parental trata-se de um distúrbio no âmbito das disputas pela custódia de um filho na hora da separação de um casal. Porém o filme mostra muito além desse conceito, captando histórias de vida que abordam o  sofrimento e a dificuldade nos relacionamentos entre pais e filhos de casais separados. Visando transpor essa barreira do desconhecimento da Alienação Parental, a Caraminhola Produções Artísticas de Alan Minas e Daniela Vitorino apresenta um documentário que elucida o assunto.
 
 

sábado, 28 de agosto de 2010

Um terço das adolescentes com peso adequado no país se acha gorda

Quase 36% das adolescentes que se acham muito gordas estão, na verdade, com o peso adequado, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), apresentada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (27). Entre os garotos, o índice é de 21,5%.
O estudo avaliou o estado nutricional dos escolares que estavam frequentando o 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série), em 2009, nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, e comparou as percepções sobre o próprio com o estado nutricional (indicado por medidas de peso e altura) dos jovens.
O principal problema nutricional verificado pela PeNSE foi o excesso de peso, que compreende o sobrepeso (peso acima do recomendado) e a obesidade. Os escolares da rede privada tinham as maiores prevalências de obesidade.
  • A pesquisa mostra que muitos jovens têm autoimagem distorcida A pesquisa mostra que muitos jovens têm autoimagem distorcida

Ao todo, o percentual de jovens obesos no país foi aferido em 7,2%, e as maiores frequências foram em Porto Alegre (10,5%), Rio de Janeiro (8,9%) e Campo Grande (8,9%).

Autoimagem e atitudes

Os resultados mostram que existe um descompasso entre a percepção sobre o prórpio peso e o real estado nutricional dos jovens. Mais de 25% das estudantes que se autoclassificaram como magras ou muito magras estavam, na verdade, com excesso de peso. Entre os garotos, o índice foi de 29,2%.
Já entre os escolares cuja autopercepção da imagem corporal era normal, 16,2 % (sexo masculino) e 14,3%, (sexo feminino) estavam com sobrepeso.
A pesquisa também investigou se os escolares tomavam alguma atitude para perder, manter ou ganhar peso. Dentre os escolares do sexo masculino que nada fizeram em relação ao seu peso, 14,4% estavam com sobrepeso, contra 12% de garotas na mesma situação. Entre estudantes do sexo feminino que tomaram alguma atitude para perder peso, 51,5% estavam no estado nutricional adequado, contra 29,8% dos escolares na mesma situação.
Os resultados também indicam que 88,2% dos garotos e 89,5% das garotas que tentaram ganhar peso estavam com o estado nutricional adequado.
A pesquisa contou com a análise das medidas e os questionários de mais de 63 mil escolares de todo o país.

Percentual de escolares do 9º ano do ensino fundamental obesos, segundo os municípios das capitais e o Distrito Federal - 2009 (Fonte: IBGE)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fiocruz lança game para promover o combate à AIDS nas escolas

Por Angelica Paulo da rede de Saúde
Rio - Com o objetivo de promover o aprendizado e estimular o debate entre pais, alunos e educadores sobre AIDS e sexualidade, o Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acaba de lançar a versão online do jogo Zig-zaids. Indicado para maiores de 12 anos, o jogo pode ser utilizado em escolas, em casa, em espaços não formais de ensino, nos serviços de saúde e espaços de lazer. Disponível em português e em inglês, a versão digital do Zig-Zaids possui ainda um mini-dicionário com termos relacionados ao tema.

Com o game, uma série de questionamentos, tais como "Como o vírus da Aids entra no corpo?" ou "Você acha que uma criança portadora do vírus deve frequentar a escola?" poderão ser amplamente debatidas por pessoas de todas as idades. O processo de revisão do Zig-zaids, cuja primeira versão, ainda como tabuleiro, data de 1991, incluiu uma avaliação em escolas da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro e um parecer do Setor de Prevenção do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde (MS).

Na edição recente, há mais informações sobre diagnóstico, dados epidemiológicos e direitos sexuais e reprodutivos de portadores de HIV. A pesquisadora Simone Monteiro, chefe do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC, afirma que a avaliação do material aponta que o jogo estimula não apenas o debate, mas esclarece dúvidas e visões equivocadas sobre temas relacionados ao ensino de ciências naturais e orientação sexual, previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

“Constatamos que, ao invés da ênfase na ideia de fatalidade, aspectos como prevenção, noções de solidariedade e informações sobre a ação do HIV e do sistema de defesa do organismo foram ressaltados pelos estudantes. Os alunos aprovaram o jogo e demonstraram grande curiosidade pelo uso de computadores, indicando o potencial de recursos multimídias como estratégia de ensino”, completa Simone.

Para baixar o jogo e obter mais informações sobre o tema, acesse:
http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=44

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

OMS: mais de 1,8 milhão de jovens morrem todos os anos por causas preveníveis

Adital -
A cifra é alta e assusta: a cada ano, mais de 1,8 milhão de jovens entre 15 e 24 anos morrem em todo o mundo por causas que poderiam ser prevenidas. Isso é o que afirma o Relatório Mundial de Saúde 2010, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Gravidez precoce, HIV, tabaco, álcool e violência são alguns dos problemas destacados no informe. A preocupação com a saúde desse público não é por acaso. De acordo com informações do relatório, apesar de a maioria dos jovens estar em boas condições de saúde, muitos sofrem com doenças que prejudicam o crescimento e o desenvolvimento pleno.
Além disso, muitas ações que são iniciadas na juventude podem prejudicar a pessoa na vida adulta, como o consumo de álcool e tabaco. "Quase dois terços das mortes prematuras e um terço da carga total de morbidade em adultos associam-se a enfermidades ou comportamentos que começaram em sua juventude, entre elas o consumo de tabaco, a falta de atividade física, as relações sexuais sem proteção e a exposição à violência", destaca o resumo do documento.
O número de casos de infecção por HIV, por exemplo, é crescente entre os jovens. Segundo a OMS, 40% dos novos casos de HIV registrados entre adultos em 2008 foram de pessoas entre 15 e 24 anos. Acredita-se que há, em todo o mundo, mais de 5,7 milhões de jovens afetados pelo HIV/Aids. "Na atualidade, entre os jovens, só 30% dos homens e 19% das mulheres têm conhecimentos amplos e corretos para proteger-se contra o vírus", aponta. As drogas consideradas lícitas em muitos países, como álcool e tabaco, também são causas de problemas de saúde entre a população jovem. A OMS estima que cerca de 150 milhões de jovens consumam tabaco, número que vem aumentado em nível global, principalmente entre as mulheres.
O uso do álcool também é destaque no relatório, o qual aponta que o consumo excessivo da bebida "reduz o autocontrole e aumenta as condutas de risco". De acordo com o documento, o uso abusivo do álcool é uma das causas principais de acidentes de trânsito e de violências, situações que tiram a vida de milhares de jovens todos os anos.
Prova disso são os números revelados pela OMS. Segundo o informe deste ano, a cada dia, aproximadamente 565 pessoas de 10 a 29 anos morrem por conta da violência interpessoal. Número não muito distante das mortes no trânsito. "Estima-se que os traumatismos causados pelo trânsito provoquem a morte de uns mil jovens a cada dia", apresenta.
Outro ponto que preocupa a Organização Mundial da Saúde é a saúde mental. Conforme o relatório, em um ano, aproximadamente 20% dos adolescentes sofrem problemas desse tipo, como depressão ou ansiedade, que podem aumentar quando passam por experiências de violência, humilhação e pobreza.
A gravidez precoce também não é deixada de lado pela OMS no documento. De acordo com ele, a cada ano, pelo menos 16 milhões de meninas entre 15 e 19 anos tornam-se mães, o que representa aproximadamente 11% dos nascimentos registrados em todo o mundo.
"A grande maioria desses nascimentos são produzidos em países em desenvolvimento. O risco de morrer por causas relacionadas com a gravidez é muito maior nas adolescentes que nas mulheres adultas. Quanto mais jovem a adolescente, maior é o risco", comenta.
O relatório completo ainda não está disponível para consulta online, mas o resumo já pode ser lido em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs345/es/index.html

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Abuso sexual infantil, exploração sexual de crianças, pedofilia: diferentes nomes, diferentes problemas?

Laura Lowenkron

O objetivo deste artigo é analisar as construções da “violência sexual contra crianças” como problema social e político. Especial atenção é conferida à maneira pela qual o tema foi desmembrado em diferentes modalidades de violência - tais como “abuso sexual infantil”, “exploração sexual de crianças” e “pedofilia” - bem como à cronologia das leis e das políticas de enfrentamento. Tendo como foco as discussões recentes no âmbito da CPI da Pedofilia, do Senado Federal brasileiro, e as disputas envolvendo as categorias classificatórias, o presente trabalho procura mostrar que, apesar da aparente unanimidade que marca o tema da “violência sexual contra crianças”, as controvérsias podem ser identificadas nas diferentes formas de abordá-lo.

Texto Completo: PDF Aqui

sábado, 17 de julho de 2010

A Musica e a Periferia

Olá Moçada, vendo os videos do TED, encontrei vieo do Ronaldo lemos sobre a Musica e a periferia, a lan house e outros. Super Interessante, divido esta com voces. assitam,


TEDxSP 2009 - Ronaldo Lemos from TEDxSP on Vimeo.

sábado, 1 de maio de 2010

Estudo mostra que jovens são as maiores vítimas do aborto inseguro

Tatiana Félix *

Adital -
Jovens com idade entre 15 e 29 anos constituem a maior parcela das mulheres que realizam o aborto inseguro no Rio de Janeiro. Este foi um dos dados revelados no dossiê: "A realidade do aborto inseguro: O impacto da ilegalidade do abortamento na saúde das mulheres e nos serviços de saúde do estado do Rio de Janeiro". O estudo mostrou também que o aborto é a terceira causa de morte materna no estado e no País. Já nas regiões Norte e Nordeste o aborto chega a ser a primeira causa de morte materna em alguns estados. E é para discutir as conseqüências do aborto inseguro na vida das mulheres que, na próxima segunda-feira (3), será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que tratará sobre a "Saúde Reprodutiva das mulheres do Estado do Rio de Janeiro: Uma questão de Direitos Humanos". Na ocasião, o dossiê será lançado e seus resultados apresentados ao público.
"O momento é de mobilização", disse a médica sanitarista e pesquisadora do dossiê, Tizuko Shiraiwa. Segundo ela, a ideia é chamar atenção para o problema do aborto em âmbito estadual, trabalhar em favor da legalização e garantir que essa pauta continue em discussão, já que há indícios de que o assunto seja retirado do Plano Nacional de Direitos Humanos. "Entendemos que o aborto é uma decisão livre e não pode ficar atrelado à decisão da Igreja", ressaltou. "A legislação precisa avançar", opinou. O dossiê foi elaborado pelo Grupo Curumim e pelo Ipas Brasil e integra as ações de um conjunto de estratégias, articuladas em nível nacional, através da coalizão Jornadas pelo Aborto Legal e Seguro e da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres pela Legalização do Aborto. Já foram realizadas pesquisas sobre a realidade do aborto inseguro nos estados da Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraíba.
De acordo com Tizuko, o estudo pretende contribuir para a legalização do aborto no Brasil e assim evitar óbitos de muitas mulheres. "A não legalização do aborto representa o óbito de muitas mulheres", afirmou. "A ilegalidade não promove a redução do aborto, pelo contrário. É importante ter essa discussão porque quem morre são as mulheres pobres", ressaltou.
Ela comentou que as jovens na faixa etária de 20 a 29 anos, por estarem em idade reprodutiva acabam sendo as grandes vítimas do aborto ilegal e inseguro. "Quanto mais jovem, maior a vulnerabilidade econômica e a falta de condições de criar um filho", disse. Mas ela ressaltou que, "a decisão de ter ou não um filho não é banal e envolve sempre muito sofrimento".
Um estudo realizado pelo Ipas Brasil e o Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Saúde, revelou que o número de abortos realizados no Brasil passa de 1 milhão por ano. Mais de 220 mil deles têm como conseqüência, entre várias complicações, infecções graves e perfurações no útero.
Para saber mais sobre o assunto: http://www.ipas.org.br.
E para acessar o resultado dos dossiês: http://www.grupocurumim.org.br/site/imprensa.php.

sábado, 17 de abril de 2010

40% dos adolescentes desistem da faculdade por desinformação

Vamos contar nossas estórias sobre o ECA

O Portal Pró-Menino lança o 6º Concurso Causos do ECA, que tem como objetivo divulgar histórias reais de vidas transformadas pela correta utilização do Estatuto da Criança e do Adolescente. No total serão sete prêmios de 5 a 15 mil reais. As inscrições podem ser feitas até 7 de junho. Os participantes do 6º Concurso devem se inscrever em uma das duas categorias apresentadas (ECA como instrumento de transformação ou ECA na Escola), levando em conta a temática abordada. Caso a categoria seja escolhida de forma indevida, a história poderá ser desclassificada. A história deve ser verídica, podendo ser relatada por um terceiro que a presenciou ou vivida por quem a escreve. Não se esqueça que é muito importante preservar a identidade de crianças e adolescentes citados nos casos narrados. Por isso, utilize nomes fictícios. Veja o regulamento e faça sua inscrição no site da Pró-menino .

Meninos são as maiores vítimas e agressores do bullying no Brasil

TATIANA SANTIAGO
colaboração para a Folha
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira sobre o perfil do estudante que convive com o bullying (hostilidade física ou verbal por parte de colegas) aponta que os meninos são as maiores vítimas e também os maiores agressores.
O levantamento, realizado no segundo semestre de 2009 pela ONG Plan Brasil, indica que 34,5% dos meninos já sofreram maus-tratos na escola, sendo 12,5% vítimas de bullying, contra 7,6% das meninas que se declararam vítimas. Já no papel de agressor, os meninos aparecem com 12,5% de autoria, e as meninas com 8%.
Segundo a professora Cléo Fanti, os fatores para essa razão são culturais e podem influenciar as atitudes dos pais em relação ao comportamento das crianças."Os meninos tem que ser durões, não levar desaforo para casa, não chorar, tem que ser popular. Culturalmente, isso tem uma influência muito grande, que às vezes afeta a própria educação familiar", justifica.
Dos alunos ouvidos, 70% dizem que já presenciaram cenas de agressões entre estudantes, enquanto 30% vivenciaram situações violentas. Desse montante, o bullying foi praticado ou sofrido por 17% dos alunos. A maior incidência ocorre entre adolescentes com faixa etária entre 11 e 15 anos e que frequentam a 6º série do Ensino Fundamental.
Foram colhidos dados de 5.168 estudantes das cinco regiões do país. Em cada região, foi verificado o comportamento de alunos de cinco escolas, sendo quatro públicas e uma particular. Ao todo, em todo o Brasil, a pesquisa foi realizada em 20 escolas públicas e cinco particulares localizadas nas capitais e interior dos Estados.
"O objetivo da pesquisa sobre bullying no Brasil é identificar essa forma de violência escolar, como e onde ela ocorre, quais são as variáveis que implicam na sua manifestação, depois juntar os dados para propor ações pilotos em determinadas escolas para que possamos aprender como viabilizar o debate de como combater a violência na comunidade acadêmica", disse Moacyr Bittencourt, diretor da Plan Brasil. De acordo com ele, com bases nos dados será possível determinar como as escolas devem agir e tentar formar políticas públicas para coibir esse tipo de prática.
Bullying
De acordo com Cléo Fanti, o bullying é caracterizado pela agressão física ou verbal que ocorre repetidamente contra a mesma vítima no mínimo três vezes num período de um ano letivo.
Além disso, não há uma causa definida para que aconteça e está relacionado ao desequilíbrio de poder, como por exemplo, o mais velho contra o mais novo, o mais forte contra o mais fraco físico ou psicologicamente.
Geralmente, as vítimas se diferenciam dos demais colegas de escola pela raça, cor da pele, obesidade, uso de roupas ou objetos, ou ainda, pelo status socioeconômico.
"Eu me sentia ridicularizada, mal, já cheguei a chorar. Algumas vezes tive vontade de trocar de escola", diz a estudante Bruna Fernanda, 14, vítima de bullying. Ela conta que quando era mais nova os colegas de escola a chamavam de gorda e que seu pai teve que ir ao colégio para intervir. A estudante comprova um dado da pesquisa que diz que as meninas, na maioria dos casos, ficam tristes, enquanto os meninos têm comportamento diferente e dizem que não ligaram para os comentários.
O levantamento mostra que as escolas não estão preparadas para lidar com o assunto e que o procedimento adotado são formas de intimidar o aluno com suspensão ou advertência e conversa com os pais --uma forma de transferir a culpa para a família.
A pesquisa mostra que tanto as vítimas como os agressores perdem o interesse em frequentar a escola e sofrem prejuízos em relação ao aprendizado.

Um terço dos estudantes de 5ª a 8ª série foi agredido no ano passado, aponta pesquisa

Daniel Mello
Da Agência Brasil
Em São Paulo
Quase um terço dos estudantes brasileiros entre a 5ª e 8ª séries do primeiro grau já sofreram maus tratos. Segundo pesquisa divulgada hoje (14) pela ONG (Organização não-governamental) Plan Brasil, 28% dos 5.168 estudantes entrevistados para a pesquisa foram agredidos em 2009.
Quando esses maus tratos são recorrentes, acontecendo mais de três vezes no mesmo ano, configuram, de acordo com a metodologia da pesquisa, em bullying. O termo designa todo o tipo de atitudes agressivas, verbais ou físicas, praticadas repetidamente por um ou mais estudantes contra outro aluno. Estiveram envolvidos em bullying 17% dos estudantes: 10% como vítimas, 10% como agressores, sendo que 3% eram tanto os que sofreram como praticaram os maus tratos.
Os mais atingidos por esses fatos são os meninos. Segundo o estudo, 12,5% dos estudantes do sexo masculino foram vítimas desse tipo de agressão, número que cai para 7,6% entre as meninas. A sala de aula é apontado como local preferencial das agressões, onde acontecem cerca de 50% dos casos relatados.
As regiões onde a prática se mostrou mais frequente foram a Sudeste, com 12,1% dos estudantes assumindo ter praticado o bullying, e Centro-Oeste, onde 14% confessaram esse tipo de atitude. O Nordeste é a região do país onde o bullying é menos comum, apenas entre 7,1% dos estudantes.
A educadora Cléo Fante diz ser importante que os pais e professores estejam atentos e saibam diferenciar o bullying de uma brincadeira entre os jovens. “O bullying não é uma simples brincadeira de criança ou apelido que às vezes constrange. Tem casos que são gravíssimos, chegam a espancamentos. A criança não pode ir na escola, porque sabe que vai apanhar.”
Essas práticas violentas acabam por causar prejuízos na aprendizagem dos agredidos, os sintomas mais citados pelos jovens ouvidos foram a perda do entusiasmo, perda da concentração e o medo de ir à escola. Os agressores também têm problemas, segundo Cléo Fante. Muitos acabam ficando deslocados ao chegar ao ensino médio, quando o bullying é menos tolerado.
Ela exemplificou essa situação com base em um grupo de jovens agressores e agredidos que acompanha. “Muitos [dos jovens] já desistiram da escola. Um que foi morto pela polícia, era um agressor. Ele acabou desistindo da escola, se envolvendo com drogas, se envolvendo com gangues e com tráfico.”
A educadora disse que é difícil definir quais são os fatores que geram o bullying. De acordo com Fante, tanto a família como a escola propiciam, por diversos motivos, esse tipo de prática. Ela ressaltou a própria cultura divulgada pelos meios de comunicação como uma incentivadora da agressão. “Os programas humorísticos geralmente pegam como alvo grupos de minorias. É o anãozinho, o portador de nanismo, o negro, o homossexual. Então são esses grupos que eles fazem "zoação", que eles apelidam e constrangem”, exemplificou.
As escolas não tem, de acordo com Fante, estratégias para lidar com o bullying e outras forma de violência escolar. Ela destacou, entretanto, que não existe um método definido para lidar com essas situações. “Se existisse uma receita pronta, todas as escolas utilizariam. Cada criança age de um jeito”, ponderou
A melhor maneira de agir, na opinião da especialista, é analisar os casos individualmente e tentar descobrir o motivo da agressão, além de conscientizar os envolvidos no processo do ensino “Nós temos que atuar muito mais de uma forma sistêmica, trabalhar com as crianças, com a família, com a escola e com as instituições e atores sociais”.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Medo de rejeição social determina escolhas adolescentes Jovens moldam seus gostos com base no que pensa a maioria

Gregory S. Berns, da cadeira de Neuroeconomia em Emory University, e seus colegas, realizaram um estudo para compreender mais sobre os mecanismos neurais e comportamentais da influência social sobre as decisões musicais adolescentes. A principal questão dos pesquisadores era: quando os adolescentes mudam seu comportamento com base na influência social, isso ocorre porque suas preferências reais mudaram ou simplesmente seu comportamento mudou? A fim de investigar essa questão, os pesquisadores elaboraram um estudo comportamental que pôde ser executado enquanto os participantes passavam por uma tomografia cerebral.

Pesquisadores estudaram adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, fase altamente suscetível à influência social, e conhecida por comprar pelo menos um terço dos álbuns nos Estados Unidos. Cada participante ouviu um pequeno trecho de uma música baixada da rede social Myspace. Depois de ouvir o trecho, foram convidados a realizar duas avaliações, uma indicando a forma como estavam familiarizados com a música (sempre o refrão) e outra que indicava o quanto eles gostaram da canção em uma escala de cinco pontos. A música foi então tocada uma segunda vez, e os adolescentes foram novamente convidados a avaliar quanto gostaram da música. No entanto, em dois terços desses ensaios os adolescentes puderam ver um índice de popularidade estimado com base no número de vezes em que a música foi baixada.

Quando não há informações sobre a popularidade da canção, os adolescentes mudam sua classificação de simpatia em 12% do tempo. Não surpreendentemente, depois de ter sido demonstrada a popularidade da canção, os adolescentes mudaram seus votos com mais freqüência, em média, 22% do tempo. Esta diferença foi altamente significativa e é interessante notar que, entre aqueles que mudaram seus votos, 79% dos adolescentes fizeram de acordo com a popularidade da canção – seguindo a maioria.

Esses resultados comportamentais validam grande quantidade de pesquisas anteriores sobre o conformismo e demonstram que esse medo à rejeição ainda está vivo nos adolescentes.

Isso aponta para a importância da influência dos colegas durante a adolescência, onde exercem um poder coercitivo considerável – isto é, os amigos são rápidos para dispensar, desaprovar, provocar e rejeitar o jovem quando normas sociais não são seguidas. A dor de ser rejeitado por um grupo de colegas pode ser uma questão de vida ou morte para um adolescente.


Fonte e reportagem completa aqui

domingo, 4 de abril de 2010

Escolas ainda fracassam com os alunos homossexuais

LIGIA SOTRATTI
da Folha Ribeirão
"Dava para perceber que eu era diferente e sofri muito preconceito, de professores e colegas, até que abandonei a escola na metade do ano letivo", diz Vinicius Cosmo, 18. Aos 14 anos, cursando a 8ª série do ensino fundamental em uma escola particular de Ribeirão, ele trocou de colégio devido à discriminação e às brincadeiras que ouvia por ser homossexual.
Casos como esses são recorrentes em salas de aula. De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, os educadores ainda tropeçam muito quanto o assunto é sexualidade.
"Tradicionalmente, a maioria das escolas ainda trata a sexualidade como uma questão biológica por dois vieses: o da gravidez e o das doenças sexualmente transmissíveis. O que é uma tentativa de impressionar e conter os jovens", disse a docente do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Unicamp, Ângela Soligo.
Para ela, ao se limitar ao lado biológico, as escolas dão as costas às preocupações dos adolescentes, que vivem uma fase de descobertas.
"O lado afetivo, as angústias, medos, as fantasias, são aspectos muito importantes. Hoje a sociedade escancara o sexo em mídias, internet, mas não sabe conversar sobre o assunto. O jovem não tem a quem procurar para levar suas dúvidas."
Cosmo diz que não ter o respaldo da escola foi um agravante. "Eu precisava aceitar a minha condição, sem medo. Mas a discriminação me levou a esconder meu modo de ser e tive um bloqueio. Adoeci e precisei de tratamento médico."
Segundo o rapaz, até mesmo os professores faziam piadas sobre o jeito dele e a escola tinha uma conduta religiosa que impedia conversas abertas sobre sexualidade --a homossexualidade era vista como um desvio de comportamento.
"Por mais que ele [professor] tenha uma convicção religiosa, tenha sua fé, aquilo que você pensa no privado não pode interferir na sua vida pública. E o educador tem que ter essa responsabilidade, até porque nosso Estado é laico e todos devem ser respeitados", disse Leila Araújo, coordenadora executiva do Clam (Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos).
Richard Miskolci, sociólogo da UFSCar e pesquisador da área, diz que os professores devem ter muito cuidado ao tratar as diferenças. "É importante não dizer que um é homossexual, o outro não. São pessoas em formação que, se em um momento têm interesse pelo sexo oposto, podem ter depois pelo mesmo sexo. São adolescentes e é preciso conviver com a heterogeneidade da sala sem defini-la."

quarta-feira, 31 de março de 2010

31/03 - Lançada chamada de artigos para o 4º número da Revista Agenda 21 e Juventude

om o intuito de fortalecer e buscar maiores subsídios para o Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, o Programa Agenda 21, do Ministério do Meio Ambiente, lança chamada para o 4º número da Revista Agenda 21 e Juventude.
Jovens de todo o Brasil, entre 15 e 29 anos, podem escrever seus textos, em forma de relatos de experiência ou artigos conceituais sobre a temática da "Produção e Consumo Sustentáveis: Experiências de Trabalhos Sustentáveis". Também serão avaliadas poesias, vídeos e ilustrações.
Os interessados devem enviar suas contribuições até o dia 19 de abril para agenda21ejuventude@mma.gov.br
Para mais informações ligue:
(61) 2028-1462 / 1372

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Programa Nas Ondas do Rádio promove a cultura de paz entre os jovens

São Paulo - Adital -
O projeto Educom Rádio nasceu em 2001 na cidade de São Paulo (SP) como uma maneira de promover a cultura de paz e a integração entre alunos, estimulando o protagonismo dos jovens estudantes da rede municipal de ensino. Hoje, a iniciativa se transformou no Programa Nas Ondas do Rádio que agita mais de 110 escolas na cidade. O sucesso da proposta foi tanto que já existe até a Lei Municipal Educom. A Lei Educom -  "Educomunicação Pelas Ondas do Rádio" - foi sancionada em 2005 e prevê a Educomunicação como ação de política pública para cidade. "Com a lei teremos a garantia que o projeto vai continuar na próxima gestão", declarou o coordenador geral do programa, professor Carlos Alberto Lima.
Ele disse que o programa atua em três focos: entrevistas, informação e prestação de serviços. E, para orientar o trabalho dos alunos do ensino fundamental, os professores passam por constantes capacitações em ferramentas midiáticas. Segundo o professor, com o programa os alunos aprendem a se expressar e a desenvolver uma leitura melhor. "A rádio escolar é um benefício nas escolas porque dá voz aos alunos e convida os professores a participarem também da produção dos programas. Os alunos aprendem fazendo".
Ele informou que de 2001 a 2004 o projeto era trabalhado apenas na plataforma rádio, já que as escolas receberam kits de rádio com transmissores de baixa freqüência. Mas, a partir de 2005, quando o projeto passou a ser chamado Programa Nas Ondas do Rádio, eles passaram a utilizar as ferramentas disponíveis na internet para ampliar os recursos e chegar a mais lugares. Antes o programa se limitava apenas ao ambiente escolar.
Atualmente o material é disponível em formato poadcast no blog do programa e as atividades da turma são publicadas também no Twitter. A partir do programa de rádio, outros trabalhos já surgiram, como o projeto Imprensa Jovem. A ideia nasceu para atender uma necessidade das escolas em interagir com a comunidade, divulgando e informando sobre eventos e atividades.
O Imprensa Jovem também expandiu e, além dos eventos escolares, os alunos-repórteres, como são chamados, já fazem a cobertura de eventos por toda a cidade. "O Imprensa Jovem foi um sucesso e já é referência na cidade. Já conseguimos até furos de reportagem", comemorou o coordenador. O novo projeto já montou uma agência de notícias e, segundo o professor, a ideia é que cada escola monte sua própria agência.
Para conhecer o trabalho destes alunos e o programa é só acessar o blog: São Paulo - Adital -
O projeto Educom Rádio nasceu em 2001 na cidade de São Paulo (SP) como uma maneira de promover a cultura de paz e a integração entre alunos, estimulando o protagonismo dos jovens estudantes da rede municipal de ensino. Hoje, a iniciativa se transformou no Programa Nas Ondas do Rádio que agita mais de 110 escolas na cidade. O sucesso da proposta foi tanto que já existe até a Lei Municipal Educom. A Lei Educom -  "Educomunicação Pelas Ondas do Rádio" - foi sancionada em 2005 e prevê a Educomunicação como ação de política pública para cidade. "Com a lei teremos a garantia que o projeto vai continuar na próxima gestão", declarou o coordenador geral do programa, professor Carlos Alberto Lima.
Ele disse que o programa atua em três focos: entrevistas, informação e prestação de serviços. E, para orientar o trabalho dos alunos do ensino fundamental, os professores passam por constantes capacitações em ferramentas midiáticas. Segundo o professor, com o programa os alunos aprendem a se expressar e a desenvolver uma leitura melhor. "A rádio escolar é um benefício nas escolas porque dá voz aos alunos e convida os professores a participarem também da produção dos programas. Os alunos aprendem fazendo".
Ele informou que de 2001 a 2004 o projeto era trabalhado apenas na plataforma rádio, já que as escolas receberam kits de rádio com transmissores de baixa freqüência. Mas, a partir de 2005, quando o projeto passou a ser chamado Programa Nas Ondas do Rádio, eles passaram a utilizar as ferramentas disponíveis na internet para ampliar os recursos e chegar a mais lugares. Antes o programa se limitava apenas ao ambiente escolar.
Atualmente o material é disponível em formato poadcast no blog do programa e as atividades da turma são publicadas também no Twitter. A partir do programa de rádio, outros trabalhos já surgiram, como o projeto Imprensa Jovem. A ideia nasceu para atender uma necessidade das escolas em interagir com a comunidade, divulgando e informando sobre eventos e atividades.
O Imprensa Jovem também expandiu e, além dos eventos escolares, os alunos-repórteres, como são chamados, já fazem a cobertura de eventos por toda a cidade. "O Imprensa Jovem foi um sucesso e já é referência na cidade. Já conseguimos até furos de reportagem", comemorou o coordenador. O novo projeto já montou uma agência de notícias e, segundo o professor, a ideia é que cada escola monte sua própria agência.
Para conhecer o trabalho destes alunos e o programa é só acessar o blog: http://blogandonasondasdoradio.blogspot.com.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pesquisa do Ipea analisa ações voltadas para a juventude brasileira

Tatiana Félix *

Adital -
Nesta semana, foi lançado em Brasília, capital federal, o livro "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A publicação faz um balanço de temas de interesse aos jovens como estudo, trabalho e gravidez. Na obra há estudos feitos pelo instituto que analisam a realidade da juventude brasileira nos últimos anos e as políticas públicas aplicadas para este segmento, com faixa etária entre 15 e 29 anos. Segundo o Ipea, a população jovem representa 26% da população brasileira, ou seja, existem aproximadamente 50 milhões de jovens no país.
No primeiro capítulo existe uma análise dos avanços e das dificuldades da recente Política Nacional de Juventude, implementada no Brasil em 2004. O livro mostra ainda análises sobre as ações, executadas pelo Governo Federal, voltadas para a juventude, como educação, trabalho, saúde, assistência social, cultura, segurança pública etc.

O secretário pontuou alguns dos programas criados pelo Governo Federal como o ProJovem, que beneficia cerca de 1 milhão de jovens, o Programa Universidade para Todos, que possibilitou milhares de jovens ingressarem no ensino superior, e, as escolas técnicas que estão em expansão.
Entre as próximas ações estão a construção do marco legal, a aprovação da PEC da Juventude e o Plano Nacional da Juventude que deve alcançar muitas metas nos próximos anos.
Confira a publicação na íntegra através do link: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/20100119JUVENTUDE.pdf

Prêmio Jovem Cientista abre inscrições

5/2/2010
Agência FAPESP – Estão abertas até 30 de junho as inscrições para a 24ª edição do Prêmio Jovem Cientista. Este ano o tema será “Energia e meio ambiente – soluções para o meio ambiente”.
O prêmio – que foi criado em 1981 – é uma parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Grupo Gerdau, a Fundação Roberto Marinho e a Eletrobrás. O prêmio pretende incentivar a pesquisa brasileira com temas que busquem soluções para problemas encontrados no cotidiano.
São premiados, anualmente, os três primeiros colocados nas categorias Graduado, Estudante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio, e seus respectivos orientadores. Na categoria "Mérito Institucional" são distinguidas uma instituição de ensino superior e outra de ensino médio.
Os três primeiros colocados receberão R$ 20 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Os estudantes do ensino superior receberão R$ 10 mil, R$ 8,5 mil e R$ 7 mil, enquanto os vencedores do ensino médio ganham computadores e impressora.
Além disso, os três primeiros das categorias Graduado, Estudante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio poderão receber bolsas de estudo do CNPq, desde que atendam aos critérios normativos. E o primeiro colocado dessas categorias participará da 62ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2010, com o objetivo de expor suas pesquisas.
Assim como na edição anterior, também serão concedidos R$ 30 mil para cada instituição vencedora na categoria "Mérito Institucional" e o pesquisador homenageado com "Menção Honrosa" receberá R$ 15 mil e uma placa alusiva.
Mais informações: www.jovemcientista.cnpq.br