domingo, 31 de janeiro de 2010

O álcool emburrece


A maioria dos jovens, meninos, e, cada vez mais, as meninas, ficam bêbados em quase todas as festas de finais de semana. E a chance de colocarem suas vidas em risco, nestas ocasiões, é enorme. Pessoas extremamente inteligentes, antes da festa, podem, após alguns copos, tornarem-se completos idiotas e fazerem as maiores barbaridades.
O consumo de álcool entre os adolescentes tem crescido assustadoramente e começa cada vez mais cedo. Atualmente, no Brasil, aos redor dos 12 anos.
Diversas pesquisas sobre o assunto, das melhores universidades americanas e brasileiras, revelam que o álcool pode causar danos ao hipocampo e que o completo desenvolvimento do cérebro e, mais especificamente, do lóbulo frontal só ocorre ao final da adolescência (que pode ser até os 24 anos), e concluíram que os danos causados às células neuronais que estão sendo mortas ou lesadas a cada bebedeira vão trazer consequências graves no futuro.
Sim, o álcool pode lesar o cérebro.
Segundo as pesquisas da Universidade da Califórnia, adolescentes que haviam se embebedado pelo menos cem vezes (contando os finais de semana de festas, vemos que isso não é difícil de acontecer), dos 14 aos 16 anos, apresentaram pior desempenho em testes de memória e, ainda, um hipocampo menor do que os que não bebiam.
Isto quer dizer que o álcool pode, também, diminuir o tamanho do cérebro.
Três milhões de adolescentes contraem doenças sexualmente transmissíveis a cada ano no mundo. Nos EUA, duas pessoas jovens contraem aids a cada hora. Aqui, os consultórios ficam repletos de meninas violentadas ou arrependidas de terem praticado sexo com estranhos, ou no mínimo, infectadas com o vírus HPV ou várias DSTs, após algumas festas, como no Carnaval, ou no Planeta Atlântida. E por quê? Corpo de bêbado não tem dono...
Outra alarmante conclusão dos últimos estudos sobre o assunto também revelou que quase a metade dos adultos que começaram a beber antes dos 14 anos torna-se alcoolista. Entre os que iniciaram beber depois dos 21 anos, o percentual de dependência cai para apenas 9%. A formação completa do cérebro só acontece ao redor dos 21 anos.
Podemos pensar, então, que quem toma porres com menos de 21 anos estará lesando um cérebro em desenvolvimento, e, portanto, tenderá a ter um cérebro subdesenvolvido quando adulto.
Além disso, o álcool é a porta de entrada para as outras drogas: maconha, ecstasy, cocaína e o famoso crack. É fácil, estando alcoolizado, ser convencido por um pseudoamigo a experimentar qualquer uma destas drogas. Aí, é lesão cerebral na certa.
Algumas doenças mentais, como o transtorno bipolar, por exemplo, quando existe um histórico familiar e uma predisposição genética, podem vir a desenvolver-se com o abuso do álcool e das drogas.
Fico impressionada quando vejo alguns meninos e meninas completamente alcoolizados, voltando para casa de manhã, quando eu estou acordando. Onde estão os pais para ver isso? Ou será que, pior ainda, veem e acham que não há nenhum problema nisso? Ou será que têm receio de dizer alguns “nãos”?
Os pais têm o dever e o direito de impedir que seus filhos comecem a beber muito cedo e demais. Os jovens precisam, principalmente, de limites e orientação. Dar limite é cuidar. Dar limite é dar amor.
Proíba seu filho de beber antes da idade certa. Não ofereça bebida alcoólica para seu filho, não beba com ele, não patrocine as festas de aquecimento, nem nenhuma festa jovem regada a álcool em sua casa se seu filho ou filha é menor de 18 anos, ou você poderá ser um pai ou mãe filicida.
Ajude seu filho ou filha a ter coragem de chegar em uma festa e recusar a bebida e enfrentar a pressão. Ensine a ele ou a ela que isso não será “pagar um mico”, mas um ato de muita bravura e personalidade. Menino macho mesmo pode ser aquele que tem coragem de não beber com a turma. Menina de cara limpa é mais valorizada do que cheirando a vômito.
Temos que impedir que essa geração de jovens maravilhosos, inteligentes, se torne uma geração de adultos dependentes, sequelados, desmemoriados, lesionados ou drogados pelo álcool.
O futuro do mundo e das próximas gerações depende deles.
zerohora.com
> São os pais os culpados pelo consumo excessivo de álcool por jovens e adolescentes?
*Carla Rojas Braga -Psicóloga e psicoterapeuta

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Site reforça a Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens

Tatiana Felix  jornalista da Adital nos traz esta noticia para acompanharmos.

No início deste mês foi lançado o site da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens - www.juventudeemmarcha.org. O site é o principal meio de comunicação da Campanha, trazendo notícias, materiais e pesquisas sobre a violência, segurança e juventude no Brasil.
O site deve servir para auxiliar o trabalho de pesquisadores interessados no tema, já que disponibiliza textos, filmes e outros subsídios. Segundo Felipe da Silva, Coordenador Nacional da Campanha, a página na internet traz instruções para grupos de base que queiram se organizar e aderir à campanha.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Menos da metade dos jovens está no ensino médio, diz Ipea


Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio, etapa de ensino adequada para esta faixa etária, e apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior em 2007. Esses são alguns destaques da pesquisa "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", lançada nesta terça-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).



Para o diretor de estudos e políticas sociais do instituto, Jorge Abrahão, a educação é vista pelos jovens como uma força positiva. "Os jovens entendem a educação como um caminho para melhorar a vida. Mas o jovem enfrenta no processo de escolarização problemas de desigualdades de oportunidades", aponta.
A cor, o nível de renda e o local onde mora o jovem interfere nas oportunidades de acesso. Em 2007, 57% dos brasileiros de 15 a 17 anos que residiam em áreas metropolitanas frequentavam o ensino médio, contra pouco menos de 31% no meio rural.


O estudo do Ipea destaca que o Brasil ainda tem 1,5 milhão de jovens analfabetos (15 a 29 anos). Segundo a pesquisa, "a manutenção do número de analfabetos no país em patamar elevado está relacionada à baixa efetividade do ensino fundamental".
De acordo com dados da Pnad 2007 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, 44,8% das pessoas analfabetas com 15 anos ou mais já haviam frequentado a escola.

clique aqui para ver reportagem da folha on-line

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Juventude assassinada no Brasil

O programa Sala de Convidados, do CANAL SAÚDE, da Fundação Oswaldo Cruz-FIOCRUZ, trata da violência e da mortalidade por violência de jovens no Brasil. Jovens de 15 a 24 anos morrem mais e cada vez mais cedo no Brasil. Por ano são 33.000 mortos.

Participam do debate: Ignácio Cano, professor da UERJ, Karla Batista, do programa de proteção à criança da Secretaria de Direitos Humanos, André Luiz Rodrigues, do ISER e Catni Jaine, da FIOCRUZ




Juventude assassinada no Brasil from Universidade Livre Feminista on Vimeo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Liderança e solidariedade na hora certa





Olhe que grande espírito de solidariedade. Líder não manda, líder encaminha, orienta e fica atento a todo momento, ele vive o sucesso.
A menina, 13 anos, ganhou um prêmio e foi cantar o Star Spangled Banner, hino dos EUA, no jogo da NBA.
Vinte mil pessoas no estádio. Ela afinadinha. Aí o braço tremeu, ela engasgou, esqueceu a letra. Deu branco!!!
Treze anos. Sozinha, ali no meio...
O Público estupefato ameaça uma vaia.
De repente, Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, aparece ao seu lado e começa a cantar, incentivando-a, e trazendo o público junto.
Bonita cena e o que é mais incrível só o técnico tomou a iniciativa de ir até lá para ajudar, enquanto os demais à volta dela só observavam estupefatos.
Mostra como uma atitude de Liderança e Solidariedade, na hora certa, pode fazer uma grande diferença, para ajudarmos um ser humano e mudar a história. Será que isso já não aconteceu em nossas vidas?
E a nossa atitude foi a do técnico Mo Cheeks ou da de todos que estavam ao redor, comum e de descaso?
Tem gente que está no mundo para ajudar...
Outros para vaiar.
Pense nisso.

Meninas vão melhor em matemática em países com mais igualdade, diz estudo


Um estudo realizado nos Estados Unidos mostra que em países onde há mais igualdade entre os sexos, as meninas tendem a ter um melhor desempenho em matemática do que os meninos, apesar de terem menos confiança que eles na matéria.

A pesquisa, realizada em três universidades americanas e publicada na revista da Associação Americana de Psicologia, mostra ainda que a falta de confiança das meninas em suas habilidades, em todo o mundo, pode explicar por que elas acabam optando menos por carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

"Estereótipos sobre inferioridade feminina em matemática são um contraste claro com os verdadeiros dados científicos", disse Nicole Else-Quest, professora de psicologia da Villanova University e principal autora do estudo.

"Nossos resultados mostram que as meninas obtêm os mesmos resultados que os meninos quando recebem as ferramentas educacionais corretas e têm modelos de mulheres que fazem sucesso na carreira científica." Else-Quest e sua equipe analisaram dados de dois estudos internacionais que, juntos, englobam mais de 493 mil estudantes entre 14 e 16 anos, em 69 países.

Países Um estudo se concentra no conhecimento geral do aluno sobre matemática, e o outro avalia a habilidade de cada um de usar suas habilidades matemáticas no mundo real, além de verificarem o nível de confiança do estudante e o quanto acreditavam que saber matemática seria importante em suas carreiras.

Segundo os cientistas, os resultados apresentavam poucas diferenças em relação ao sexo do aluno, mas havia muitas variações entre meninos e meninas de país para país.

Os pesquisadores também perceberam que em países onde o nível da educação das mulheres e seu envolvimento político era melhor, as meninas tendiam a ter um melhor desempenho em matemática.

"Esta análise nos mostra que enquanto a qualidade da educação e o currículo afetam o aprendizado das crianças, também pesam o valor que escolas, professores e pais dão a ele. As meninas podem ter um desempenho igual ao dos meninos se forem incentivadas", afirmou Else-Quest.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Meninas de 13 a 19 anos são foco de campanha do Ministerio da Saúde


Da Agência Brasil

Durante o Carnaval de 2010, o Ministério da Saúde vai priorizar a campanha de prevenção à Aids no grupo de meninas de 13 a 19 anos.
O motivo é o crescimento de casos entre as garotas dessa faixa etária nos últimos anos. Segundo o último Boletim Epidemiológico da Aids e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), divulgado em novembro, foram registrados mais casos entre as garotas dessa idade em relação aos meninos desde 1998.
Atualmente, a cada 8 meninos infectados existem 10 casos de meninas. Antes, a proporção eram 10 mulheres para cada grupo de 15 homens. Segundo o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, a maioria dos jovens busca o preservativo na primeira relação sexual. Mas quando o relacionamento fica estável, o uso da camisinha é deixado de lado.
“Na medida que vão tendo confiança no companheiro abandonam o preservativo”, disse Barbosa, em entrevista à Agência Brasil. Com veiculação nas emissoras de televisão e rádio, a campanha vai orientar os jovens sobre as formas de contágio da doença e os cuidados para a prevenção, além da distribuição de camisinhas nos sambódromos e blocos de rua.
O Ministério da Saúde já encomendou 1,2 bilhão de preservativos para ações da pasta no decorrer dos próximos dois anos, conforme Barbosa. Uma das políticas do ministério para o público de 13 a 24 anos de idade é o programa Saúde e Prevenção nas Escolas, em que o estudante recebe orientações sobre o contágio, sintomas, prevenção, tratamento e como viver com o vírus HIV.
Conforme Barbosa, 50.214 escolas públicas e particulares já integram o programa. Em 10 mil, o aluno pega o preservativo no próprio colégio.
A decisão de distribuir ou não é tomada pela comunidade escolar. Segundo a representante da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids, em São Paulo, Micaela Cyrino, poucas escolas da capital paulista entraram no programa. Ela atribui a baixa adesão às diferenças sociais na metrópole e o preconceito da sociedade em falar de sexo com adolescentes.
“As pessoas encaram como incentivo ao sexo e não como prevenção”, afirmou. A estimativa é que existam 630 mil pessoas infectadas com o vírus HIV no Brasil.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ambulatório em SP atende transexuais adolescentes


INARA CHAYAMITI
colaboração para a Folha Online

Durante seis meses, o Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais já realizou cerca de mil atendimentos em diversas áreas e possui 200 pessoas cadastradas. Os pacientes são sempre chamados pelo nome social, e não pelo nome de registro, o que evita o constrangimento.
Há alguns casos de adolescentes que procuram o serviço para se entenderem melhor e, se forem diagnosticadas como transexuais, podem receber um tratamento hormonal. Porém, a cirurgia de mudança de sexo só é permitida a partir dos 21 anos de idade.
A adolescente do vídeo possui apenas 17 anos, mas diz já saber exatamente quem é e quem quer ser. A transexual já operada tem 37 anos e lamenta não ter recebido ajuda antes para evitar o sofrimento que passou durante sua adolescência.


Veja video

Crianças usam pulseira, mas sem significado sexual

da Folha Online

Quanto mais pulseiras, mais popular a pessoa se torna no grupo. O material colorido de plástico, visto entre as entre as crianças e adolescentes como brinquedos ou mero acessório da moda, tem gerado polêmica nas escolas. Sites e jornais divulga que cada cor tem um significado, todos relacionados ao contato físico ou ao sexo.
Usar a pulseira amarela, por exemplo, representa um simples abraço; a roxa, beijo com a língua; a verde, sexo oral a ser praticado pelo menino; a azul, pela menina. Quem não usa as pulseiras é excluído do grupo e quem usa as cores preto e dourado é mais respeitado, segundo os sites.
Rosely Sayão, psicóloga, consultora em educação e colunista da Folha, diz que os pais devem averiguar se os filhos têm noção desse simbolismo. Segundo ela, não é o acessório que vai fazer as crianças iniciarem a vida sexual precocemente.


"Não é por causa do acessório que eles [os adolescentes] vão praticar o sexo. Eles vão tentar, e precocemente, porque esse é o tom do mundo. Elas estão hiperestimuladas pelas nossas publicidades e pelos comportamentos dos adultos. Nós é que estamos promovendo isso entre as crianças e adolescentes", diz Sayão.

Geração MudaMundo estimula jovens a desenvolverem projetos sociais

Tatiana Félix *

Adital -

Consolidado há três anos e atingindo todas as regiões do Brasil, o projeto Geração MudaMundo beneficia e dá apoio aos jovens que tenham a transformação social, como um desejos de suas vidas. A Ashoka, instituição idealizadora do projeto, busca parceria com empresas e outras entidades governamentais ou não, para atender a juventude, com idade entre 14 e 24 anos.
Segundo Mafoane Odara Santos, Coordenadora Pedagógica do MudaMundo, jovens de qualquer condição social e financeira podem participar do projeto. "Qualquer jovem que tenha uma ideia de transformação social. Apostamos na diversidade, pois ela é uma riqueza", afirma.
O programa se desenvolve baseado em cinco pilares. O primeiro é o educacional e o segundo é o fortalecimento do protagonismo juvenil. No terceiro eixo são estimuladas e desenvolvidas as habilidades e competências. No quarto, diferentes atores trabalham juntos para fortalecerem a sociedade e, por fim, no quinto, como os jovens são percebidos pela sociedade.

A partir desses pontos, a coordenadora diz que percebem que o desenvolvimento e o apoio dado aos jovens contribuem para eles aprenderem novos conhecimentos, ampliando sua rede de contato e amigos. "Os jovens acabam sendo mais conscientes de suas habilidades", define.

Por meio do estímulo das ações sociais transformadoras, o projeto atua em dez estados brasileiros. Atualmente, 4 mil jovens são beneficiados em cerca de 850 empreendimentos. Mafoane diz que a maioria dos jovens está concentrada no Nordeste. "Quase três mil jovens que participam do MudaMundo estão no Nordeste", informa.
Os beneficiados são acompanhados por um período de um ano. Na primeira fase, que dura de cinco a seis meses, eles recebem aulas de preparação e fazem o planejamento de seus projetos sociais. "O projeto pode ser para gerar renda ou não", explica a coordenadora. Depois, eles apresentam seu projeto para uma banca e, se aprovado, recebem um financiamento de até R$ 1.200.
Para 2010 outros estados devem compartilhar essa experiência, como a Bahia, no Nordeste, e o Paraná, no Sul do País. Mafoane finaliza dizendo que o MudaMundo é "uma porta de conhecimento de novas experiências, competências e habilidades".
Mais informações pelo site: www.ashoka.org.br.

* Jornalista da Adital

sábado, 2 de janeiro de 2010

Jovens Feministas Intervindo nas Políticas Públicas



No último dia 15/12/2009, aconteceu em Brasília à eleição das/dos representantes da sociedade civil para composição do Conselho Nacional de Juventude CONJUVE, biênio 2010 e 2011.
Na gestão do atual conselho as jovens feministas tinham assento apenas em 01 cadeira, questão que dificultava a incidência das demandas das jovens mulheres na agenda das políticas públicas de juventude, visando alterar esse quadro através de uma articulação entre as conselheiras das jovens feministas de São Paulo e da União Brasileira de Mulheres houve uma alteração, onde, para o Biênio 2010 e 2011 serão 02 cadeiras para  as Jovens Feministas.
As 02 cadeiras de jovens Feministas serão ocupadas pela União Brasileira de Mulheres UBM e pela Confederação das Mulheres do Brasil CMB, ambas as organizações tem um reconhecido trabalho no campo de defesa dos Direitos Sexuais e Direitos reprodutivas com o livre exercício da sexualidade e a autonomia reprodutiva como garantia de Direitos Humanos das mulheres.
As duas conselheiras que tomam posso no inicio de 2010 terão como principal desafio assegurar a incorporação das dimensões de gênero nas políticas de juventude com especial atenção as resoluções da I Conferencia Nacional de Juventude.
11º Prioridade
Jovens Mulheres
1 – implementar políticas públicas de promoção dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das jovens mulheres, garantindo mecanismos que evitem mortes maternas, aplicando a lei de planejamento familiar, garantindo o acesso a métodos contraceptivos e a legalização do aborto.
2 – Implementar políticas públicas que promovam a democratização do acesso a uma educação laica, não sexista, não racista, não lesbofóbica/homofóbica/transfóbica, não heteronormativa, democrática e anticapitalista, fortalecendo o cumprimento dessas temáticas nas grades curriculares e a valorização das diversidades nos ensinos infantil, fundamental, médio e universitário. Para tanto: formar/capacitar/sensibilizar professoras/professores, comunidade escolar e jovens multiplicadoras/multiplicadores, revisar os materiais didáticos e para-didáticos, expandir os cursos noturnos, garantir creches em todos os turnos, ampliar os programas de alfabetização para mulheres jovens e incluir sexualidades, como disciplina nas grades curriculares.
3 – Enfrentar todas as práticas de violência contra as jovens mulheres: violência de gênero, moral, sexual, física, racial, patrimonial, doméstica, de orientação sexual e psicológica, monitorando a implementação da lei Maria da penha e da notificação compulsória, garantindo a destinação de verbas para seu funcionamento, com ênfase para criação dos juizados especializados, acionando e executando os mecanismos de coibição e penalização da exploração sexual, do tráfico para a mercantilização do corpo das mulheres, garantindo também direitos humanos às jovens em situação de prisão.

Pesquisa mostra que maioria dos alunos do ensino fundamental se declara branca


da Agência Brasil
A maioria dos estudantes do ensino fundamental no país se declara branca (40,1%). Em seguida, estão pardos (39,1%) e pretos (12,9%). A informação consta da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Com base em uma amostra de 489.865 mil alunos entre 13 e 15 anos, o estudo revela que a maior proporção de pretos foi observada em Salvador (34,8%) e a menor, em Curitiba (7%).
Em relação às regiões do país, o percentual de alunos brancos é maior no Sul. Segundo a pesquisa, em Florianópolis a proporção de alunos que se declaram brancos chega a 70,6%. Em Porto Alegre, esse índice é de 69,8% e em Curitiba, de 62,8%.
Já Boa Vista, no Acre, e São Luís, no Maranhão, têm a maior proporção de pardos, 60,9% e 60,5%, respectivamente.

30,5% dos brasileiros entre 13 e 15 anos já tiveram relação sexual, mostra IBGE


da Folha Online
Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que 30,5% dos alunos do nono ano do ensino fundamental --jovens com idades entre 13 e 15 anos-- já tiveram relação sexual. Entre os entrevistados, 24% deles disseram não ter usado preservativos na última relação.


De acordo com a pesquisa, os garotos são maioria (43,7%) entre os estudantes que disseram já ter mantido relações sexuais.
O IBGE informou que nas escolas públicas foram constatados mais estudantes que já iniciaram a vida sexual (33,1%), quando comparados aos das escolas privadas (20,8%).
A pesquisa consultou 60.973 alunos do 9º ano do ensino fundamental em 1.453 escolas públicas e privadas de todas as capitais e do Distrito Federal. A idade média dos estudantes variou entre 13 e 15 anos --10% tinham mais de 16 anos. Quase 80% dos alunos estudavam em escolas públicas e o restante em particulares. O IBGE estima que 618 mil jovens cursam a 9ª série em todo o Brasil.
Pesquisa
A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar reúne informações sobre as condições de vida do estudante. É a primeira pesquisa da história do IBGE em que os próprios entrevistados responderam ao questionário nos computadores de mão --geralmente eles respondem as perguntas feitas pelos entrevistadores, que anotam os dados. Segundo o IBGE, isso deu mais privacidade aos estudantes para responderem questões sobre violência, uso de álcool e drogas e comportamento sexual.

1/3 das estudantes de 13 a 15 anos estão tentando emagrecer, aponta o IBGE


CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

Exatamente 1/3, ou 33,3% das meninas estudantes do 9º ano do ensino fundamental estão tentando emagrecer, sendo que 6,9% das entrevistadas relataram que vomitaram ou tomaram remédios para controlar o peso, segundo dados da Pense (Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse considerar essa proporção muito elevada, e chamou atenção para o fato de que os jovens vêm se alimentando cada vez pior, indo em direção à obesidade.
Ele falou sobre dados da pesquisa, que revelam que quase metade dos consultados tinham consumido guloseimas nos últimos cinco dias. Do total dos adolescentes entrevistados, 37% haviam ingerido refrigerante, 30% comeram frutas frescas, e outros 30% haviam consumido hortaliças.
"Isso nos remete à preocupação com o padrão alimentar do brasileiro, em geral, e da garotada, que cada vez mais se baseia em doces, gorduras, salgados, em comidas semi-prontas e refrigerantes, fugindo de uma alimentação mais balanceada", afirmou Temporão.
O ministro manifestou ainda grande preocupação com o fato de que a maior parte dos jovens questionados praticam pouca atividade física e passam bastante tempo assistindo televisão.
"A redução da atividade física, o aumento do sedentarismo e a mudança do padrão alimentar são vetores que levam a sobrepeso, obesidade", afirmou.
Pesquisa
A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar reúne informações sobre as condições de vida do estudante. É a primeira pesquisa da história do IBGE em que os próprios entrevistados responderam ao questionário nos computadores de mão --geralmente eles respondem as perguntas feitas pelos entrevistadores, que anotam os dados. Segundo o IBGE, isso deu mais privacidade aos estudantes para responderem questões sobre violência, uso de álcool e drogas e comportamento sexual.

Quase 10% de estudantes de 13 a 15 anos já usaram drogas--IBGE



RIO DE JANEIRO (Reuters) - Quase 10 por cento dos estudantes com idade entre 13 e 15 anos, que vivem nas capitais brasileiras e Distrito Federal, admitiram que já consumiram drogas pelo menos uma vez, segundo pesquisa inédita divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. A Pense -- Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada pela primeira vez este ano -- apontou que 8,7 por cento dos estudantes das escolas públicas e privadas do 9o ano do ensino fundamental usaram algum tipo de droga ilícita como maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume e ecstasy.
A pesquisa também indicou que 71,4 por cento dos alunos dessa faixa etária já experimentaram bebida alcoólica, dos quais 27,3 por cento disseram ter consumido nos 30 dias anteriores ao estudo.

A maioria consumiu em festas, mas quase 20 por cento deles disseram que compraram a bebida em uma loja, bar ou supermercado.

"A partir das pesquisas vamos aperfeiçoar as nossas políticas. O álcool nos preocupa, bem como o uso de drogas. Lançamos uma campanha de mídia enfocada no (combate ao) crack, que é uma droga perigosa, barata, penetrando na classe média e cria uma dependência rápida com efeitos dramáticos sobre a mente e o corpo dos usuários", disse a jornalistas o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao comentar os resultados da pesquisa.

"Sou totalmente a favor da regulamentação da publicidade sobre bebida alcoólica. Essa pesquisa mostra que há de fato uma indução precoce ao consumo abusivo de bebida alcoólica por conta da publicidade", acrescentou o ministro.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os estudantes do sexo masculino usam mais drogas ilícitas que as meninas.

O consumo de cigarro ao menos uma vez foi admitido por 24,2 por cento dos escolares, sendo que 6,3 por cento dos entrevistados admitiram ter feto consumo nos dias 30 anteriores.

A pesquisa mostrou ainda que cerca de um terço (30,5 por cento) dos alunos com idade entre 13 e 15 anos já mantiveram relação sexual alguma vez, sendo que 43,7 por cento eram homens e 18,7 por cento meninas.

A iniciação sexual na adolescência é maior nas escolas públicas ( 33,1 por cento) do que nas privadas das capitais do Brasil

Os jovens entrevistados revelaram que têm o hábito de usar preservativo nas relações sexuais. O IBGE pesquisou que 75,9 por cento disseram que usaram preservativo na última relação sexual, sendo que em São Luís, apenas 68,3 por cento utilizaram e, em Rio Branco, no Acre, a frequência foi de observada em 82,1 por cento

A pesquisa do IBGE estimou que cerca de 618 mil jovens com idade entre 13 e 15 anos estavam matriculadas em uma escola pública ou privada nas capitais brasileiras e no Distrito Federal.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

Mais de 12% dos jovens já se envolveram em briga



A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar mostra que a violência faz parte do cotidiano dos jovens: 12,9% dos estudantes admitiram ter se envolvido em algum tipo de briga na qual foram agredidos fisicamente. O porcentual entre os meninos foi de 17,5% quase o dobro entre as meninas, 8,9%.
Os jovens de Curitiba têm a maior proporção de estudantes envolvidos em briga com agressão física nos 30 dias anteriores à pesquisa: 18,1%. 

Em todas as capitais, 4% dos jovens declararam ter se envolvido em brigas com arma de fogo. Boa Vista, com 9,4%, e Curitiba, com 9,2%, apresentaram as maiores frequências de jovens do sexo masculino neste tipo de violência. E 6,1% dos jovens das capitais já se envolveram em brigas com arma branca. Os jovens também são vítimas de violência na família: 9,5% já sofreram agressão por algum adulto da família. 

O bullying (intimidação entre os alunos) também está presente nas escolas brasileiras. Cerca de 30% dos alunos disseram ter sofrido algum tipo de constrangimento ou intimidação por outro colega nos 30 dias anteriores à pesquisa. O maior índice é entre alunos de escolas privadas (35,9%) contra 29,5% das escolas públicas. Entre as capitais, novamente Curitiba se destaca. A capital paranaense, com 35,2%, o Distrito Federal, com 35,6%, e Belo Horizonte, com 35,3%, foram as cidades com maiores frequências de alunos que declararam ter sofrido esse tipo de violência alguma vez nos 30 dias anteriores à pesquisa. 

O número de jovens envolvidos em episódios de violência em Curitiba chama atenção pelo fato de a capital paranaense apresentar bons resultados em fatores considerados importantes para afastar os adolescentes de situações de risco. Curitiba tem a maior concentração de jovens que moram com o pai e a mãe (62,8%), o que representa uma estabilidade familiar. E mais da metade dos pais curitibanos (54,6%) sabem o que os filhos fazem quando não estão na escola. A média nacional é 55,8%.

Sexo precoce aumenta risco de câncer do colo do útero, diz estudo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u669918.shtml
da BBC Brasil

Um estudo com 20 mil mulheres revelou uma associação entre a iniciação sexual precoce e índices mais elevados de câncer do colo do útero.
O objetivo da pesquisa era entender por que mulheres mais pobres correm maior risco de desenvolver esse tipo de câncer.
Os especialistas constataram que essas mulheres tendem a iniciar sua vida sexual em média quatro anos antes do que mulheres de classes sociais mais elevadas.
Por conta disso, elas entrariam em contato mais cedo com o vírus que leva ao desenvolvimento do câncer do colo do útero, dando ao vírus mais tempo para produzir a longa cadeia de eventos que, anos mais tarde, levaria ao câncer.
Acreditava-se anteriormente que a disparidade era resultado de baixos índices de controle preventivo em regiões mais pobres.
O estudo, feito pela International Agency for Research on Cancer, parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi publicado na revista científica British Journal of Cancer.
Sem explicação
Embora a diferença na incidência do câncer do colo do útero entre ricos e pobres --verificada em todo o mundo-- tenha sido constatada há muitos anos, os cientistas não sabiam explicá-la.
Especialmente porque os índices de infecção pelo vírus HPV (sigla inglesa para papiloma vírus humano) --uma infecção por transmissão sexual que é responsável por boa parte dos casos de câncer do colo do útero-- pareciam ser semelhantes em todos os grupos.
O estudo confirmou que os índices mais altos de câncer do colo do útero não estavam associados à maior incidência de infecção pelo HPV.
O que a pesquisa revelou foi que o risco, duas vezes mais alto, é explicado pelo fato de que mulheres mais pobres iniciam sua vida sexual mais cedo.
A idade em que uma mulher tem seu primeiro filho também pareceu ser um fator importante.
O estudo revelou que exames preventivos, como o papanicolau, exercem um certo efeito sobre o nível de risco.
Mas o número de parceiros sexuais que uma mulher tem, e o hábito de fumar, não pareceram interferir nos resultados.
Tempo
A responsável pelo estudo, Silvia Franceschi, disse que os resultados não se aplicam apenas a jovens adolescentes. Por exemplo, o risco de desenvolver câncer do colo do útero também é maior em mulheres que tiveram sua primeira relação sexual aos 20 em vez dos 25 anos.
"No nosso estudo, mulheres mais pobres se tornaram sexualmente ativas em média quatro anos antes."
"Então, elas também podem ter sido infectadas pelo HPV mais cedo, dando ao vírus mais tempo para realizar a longa sequência de eventos que são necessários para o desenvolvimento do câncer."
A representante da entidade britânica de pesquisas sobre o câncer Cancer Research UK, Lesley Walker, disse que o estudo levanta questões importantes.
"Embora mulheres possam ser infectadas pelo HPV a qualquer idade, a infecção em idade menor pode ser especialmente perigosa, já que (o vírus) tem mais tempo para causar os danos que levam ao câncer."
"Os resultados parecem reforçar a necessidade de vacinação contra o HPV em escolas, antes que (as meninas) comecem a ter relações sexuais, especialmente entre meninas de áreas mais pobres."