No último dia 15/12/2009, aconteceu em Brasília à eleição das/dos representantes da sociedade civil para composição do Conselho Nacional de Juventude CONJUVE, biênio 2010 e 2011.
Na gestão do atual conselho as jovens feministas tinham assento apenas em 01 cadeira, questão que dificultava a incidência das demandas das jovens mulheres na agenda das políticas públicas de juventude, visando alterar esse quadro através de uma articulação entre as conselheiras das jovens feministas de São Paulo e da União Brasileira de Mulheres houve uma alteração, onde, para o Biênio 2010 e 2011 serão 02 cadeiras para as Jovens Feministas.
As 02 cadeiras de jovens Feministas serão ocupadas pela União Brasileira de Mulheres UBM e pela Confederação das Mulheres do Brasil CMB, ambas as organizações tem um reconhecido trabalho no campo de defesa dos Direitos Sexuais e Direitos reprodutivas com o livre exercício da sexualidade e a autonomia reprodutiva como garantia de Direitos Humanos das mulheres.
As duas conselheiras que tomam posso no inicio de 2010 terão como principal desafio assegurar a incorporação das dimensões de gênero nas políticas de juventude com especial atenção as resoluções da I Conferencia Nacional de Juventude.
11º Prioridade Jovens Mulheres | 1 – implementar políticas públicas de promoção dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das jovens mulheres, garantindo mecanismos que evitem mortes maternas, aplicando a lei de planejamento familiar, garantindo o acesso a métodos contraceptivos e a legalização do aborto. |
2 – Implementar políticas públicas que promovam a democratização do acesso a uma educação laica, não sexista, não racista, não lesbofóbica/homofóbica/transfóbica, não heteronormativa, democrática e anticapitalista, fortalecendo o cumprimento dessas temáticas nas grades curriculares e a valorização das diversidades nos ensinos infantil, fundamental, médio e universitário. Para tanto: formar/capacitar/sensibilizar professoras/professores, comunidade escolar e jovens multiplicadoras/multiplicadores, revisar os materiais didáticos e para-didáticos, expandir os cursos noturnos, garantir creches em todos os turnos, ampliar os programas de alfabetização para mulheres jovens e incluir sexualidades, como disciplina nas grades curriculares. | |
3 – Enfrentar todas as práticas de violência contra as jovens mulheres: violência de gênero, moral, sexual, física, racial, patrimonial, doméstica, de orientação sexual e psicológica, monitorando a implementação da lei Maria da penha e da notificação compulsória, garantindo a destinação de verbas para seu funcionamento, com ênfase para criação dos juizados especializados, acionando e executando os mecanismos de coibição e penalização da exploração sexual, do tráfico para a mercantilização do corpo das mulheres, garantindo também direitos humanos às jovens em situação de prisão. |
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