quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Conselho Nacional de Juventude é eleito em Brasília



As eleições para o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) aconteceu terça-feira, dia 15 de dezembro, em Brasília. Foram eleitos os 40 conselheiros da sociedade civil.

O Conjuve é um órgão consultivo que busca incidir na formulação políticas públicas no plano federal, além de promover estudos e pesquisas sobre da realidade socioeconômica juvenil e também monitorar a implantação da Política Nacional de Juventude do governo federal. 





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Mapa das Artes da Cidade Tiradentes é lançado na internet

O Mapa das Artes da Cidade Tiradentes é um mapa virtual e interativo da comunidade artístico-cultural deste bairro do extremo leste da cidade de São Paulo, organizado sobre um mapa físico e geográfico da cidade. Nele é possível localizar pessoas, grupos, espaços e eventos relacionados às linguagens da música, dança, audiovisual, artes plásticas, literatura e teatro. Outras questões relacionadas à vida cotidiana das pessoas do bairro são apresentadas numa série de temas como jovem, negro, mulher, trabalho, etc. O mapa apresenta as informações da comunidade por meio de vídeos, fotos, músicas e textos.
Inicialmente as informações do Mapa das Artes foram postada pelos organizadores do site, mas toda a comunidade da Cidade Tiradentes pode participar se cadastrando no site e postando suas próprias informações. Desta forma o mapa se mantém em desenvolvimento permanente. O site também apresenta um fórum, onde os usuários podem ter seu perfio, propor discussões e comunicar-se uns com os outros.
O Mapa das Artes é o resultado do projeto Cartovideografia Sociocultural da Cidade Tiradentes, realizado pela área de desenvolvimento cultural do Instituto Pólis com apoio do Centro Cultural da Espanha em São Paulo. Seu objetivo é contribuir para o fortalecimento da cidade cultural dos moradores da Cidade Tiradentes; revelar e potenciar os saberes, fazeres e poéticas culturais do bairro pela ampliação da visão dos próprios agentes locais sobre suas práticas; favorecer o conhecimento e valorização dos espaços do bairro pelos seus habitantes, incidindo também na representação que pessoas de outros bairros tem sobre a Cidade Tiradentes; e favorecer a interlocução entre diferentes grupos e dinâmicas locais para criação de espaços comuns e potencialização de redes.
Durante o ano de 2009, a equipe do Instituto Pólis, junto com quatro agentes culturais da Cidade Tiradentes, coletou e organizou as informações apresentadas no mapa até o momento de seu lançamento. Foram selecionados 50 artistas e realizadas vídeo-entrevistas à campo com eles, que a seguir foram editadas e programadas para serem apresentadas no site.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pequenas feministas -Livros que combatem os estereótipos e conferem poder às mulheres chegam ao mercado infantil


Uma vertente de livros que embaralha os tradicionais papéis de meninos e meninas nas histórias para crianças, agrada mais à garotada de hoje e liquida com a cultura patriarcal 


(Fonte: Revista Isto É) Àgere
Era uma vez uma linda princesa que podia escolher qualquer belo príncipe para se casar, mas optou por viver feliz ao lado de seus animais de estimação. O foco dessa mocinha não era o casamento. Esse conto, chamado “A Princesa Sabichona”, da inglesa Babette Cole, é um exemplo do que tem sido chamado, nos Estados Unidos e na Europa, de “literatura infantil feminista”. Trata-se de uma vertente de livros que embaralha os tradicionais papéis de meninos e meninas nas histórias para crianças e atinge dois objetivos de uma vez: agrada mais à garotada de hoje e liquida com a cultura patriarcal que reserva às meninas o papel de passivas e aos meninos o peso de matar o dragão ao final, sempre. Neste filão literário, os gêneros são equivalentes, como defende o movimento feminista, e o casamento como um ideal das mulheres é uma das ideias mais combatidas.
No Brasil, há poucos desses títulos à venda. “Esse poder das personagens femininas ainda é incipiente no País”, explica a psicóloga Jane Felipe, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “A maioria dos livros infantis ainda reforça uma feminilidade ligada ao cuidado com a beleza, ao ambiente doméstico, à fragilidade.” Mas no cotidiano, as coisas estão mudando. E quem tem filhos pequenos já percebeu.
IDEIAS ANTIGAS

A maioria dos livros ainda reforça a feminilidade ligada à beleza e à fragilidade
Apontada como uma das principais incentivadoras dessa diferenciação entre meninas e meninos, a Disney resolveu mostrar que também está antenada com os novos tempos e criou a categoria “mulheres em papéis positivos” na Hyperion Books for Children, um selo de sua divisão de livros. O best seller nos EUA “Grace for President” (Grace para Presidente), de Kelly DiPucchio e LeUyen Pham, é um dos títulos. Se homens podem ser presidentes, mulheres também pelo menos de classe, como quer a personagem principal. “Livros como o meu mostram que houve progresso, mas há muito a fazer”, disse Kelly à ISTOÉ. “Não acho que 30 anos atrás meninas se perguntavam sobre mulheres na presidência. Mas o fato de ainda se perguntarem mostra que há barreiras culturais e políticas a serem superadas.” Kelly ressalta que a geração passada não leu histórias sobre meninas piratas, vampiras, astronautas ou sobre mães que trabalham, em vez de cuidarem da casa e dos filhos. Já as personagens de hoje até dirigem tratores, como no livro para colorir “Girls Are Not Chicks” (Meninas Não São Menininhas), de Jacinta Bunnell e Julie Novak. Jacinta teve a ideia de escrever para crianças quando era babá e se via recontando histórias que considerava sexistas. “Espero que as pessoas sejam mais críticas em relação aos produtos para as crianças e à maneira como eles introduzem (pre)conceitos cuja influência nem percebemos”, disse Jacinta.

14/12/2009 09:55:46

Metade dos jovens, no Brasil, sofre privação



Cerca de 50% dos brasileiros entre 15 e 29 anos sofrem pelo menos um tipo de privação em uma gama de quatro itens 


(Fonte: PNUD) Àgere
Cerca de 50% dos brasileiros entre 15 e 29 anos sofrem pelo menos um tipo de privação em uma gama de quatro itens, segundo estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A pesquisa considerou os aspectos: saúde e risco ambiental; acesso a educação; acesso a recursos (rendimento e condições de moradia) e exclusão social.
A análise buscou apresentar uma abordagem mais ampla de pobreza nos quatro países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), identificando-a como limitação de oportunidades.
Intitulado “Inovar para incluir: jovens e desenvolvimento humano”, o estudo aponta que o “enfrentamento dessa dinâmica multidimensional da pobreza e da exclusão constitui o desafio social mais importante para a criação de condições favoráveis para o bem-estar e o fomento do protagonismo dos jovens” na melhoria do nível de desenvolvimento humano na região.
Educação
O estudo, que se baseou em estatísticas oficiais, dividiu os resultados por faixa etária. Em todos os países do Mercosul a privação é mais disseminada entre os mais novos, de 15 e 19 anos. No Brasil, 51,7% dos jovens nessa faixa têm condições de vida insatisfatórias em pelo menos uma das dimensões estudadas.
A proporção é um pouco menor entre 20 e 24 anos (47,8%) e entre 25 e 29 anos (49,6%). No entanto, nesses últimos grupos a privação é mais intensa: 29,6% dos brasileiros com 25 a 29 anos sofrem com pelo menos duas privações (na faixa de 15 a 19, a proporção é de 20,8%).
O Brasil é o que se sai pior na dimensão educação. Apesar da sensível melhora verificada desde 1995, apenas 80% dos jovens de 15 a 29 anos têm 6 anos ou mais de estudo. Na Argentina e no Uruguai, são 95%; no Paraguai, 89%.

A qualidade do ensino — que não é computada na análise da privação, mas é abordada no relatório — também deixa a desejar, embora as informações sobre o tema sejam relativamente escassas.
O resultado das avaliações de 2006 demonstra que os alunos têm deficiências nas três áreas. Dos estudantes que participaram das provas no Brasil, 73% não alcançaram o nível básico de competência em matemática, por exemplo. O mesmo percentual é de 64% na Argentina e de 46% no Uruguai. Entretanto, esses patamares ficam muito abaixo da média dos países da OCDE, que é de 21%.
A evasão escolar e a baixa qualidade de ensino estão intimamente relacionadas com a exclusão social que os jovens poderão sofrer durante a vida adulta, destaca o relatório.
Método

Para cada indicador considerado, o relatório adotou uma “linha de pobreza”.
Nos indicadores de meio ambiente (saneamento) e saúde (taxa de pessoas com Aids, porcentagem de mortes for causas violentas no total de mortes, taxa de mortalidade por faixa etária), são considerados em situação de privação os que estão entre os 25% com piores resultados.

Em educação, os que têm menos de 6 anos de estudo (ou menos de 9, para a faixa acima de 20 anos).
Em habitação, os que vivem em domicílios com mais de 3 pessoas por dormitório. Em renda, os que não têm condições de adquirir uma cesta de produtos e serviços definida pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).
Em exclusão social, os que não têm acesso à educação nem ao mercado de trabalho.