quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Programa Nas Ondas do Rádio promove a cultura de paz entre os jovens

São Paulo - Adital -
O projeto Educom Rádio nasceu em 2001 na cidade de São Paulo (SP) como uma maneira de promover a cultura de paz e a integração entre alunos, estimulando o protagonismo dos jovens estudantes da rede municipal de ensino. Hoje, a iniciativa se transformou no Programa Nas Ondas do Rádio que agita mais de 110 escolas na cidade. O sucesso da proposta foi tanto que já existe até a Lei Municipal Educom. A Lei Educom -  "Educomunicação Pelas Ondas do Rádio" - foi sancionada em 2005 e prevê a Educomunicação como ação de política pública para cidade. "Com a lei teremos a garantia que o projeto vai continuar na próxima gestão", declarou o coordenador geral do programa, professor Carlos Alberto Lima.
Ele disse que o programa atua em três focos: entrevistas, informação e prestação de serviços. E, para orientar o trabalho dos alunos do ensino fundamental, os professores passam por constantes capacitações em ferramentas midiáticas. Segundo o professor, com o programa os alunos aprendem a se expressar e a desenvolver uma leitura melhor. "A rádio escolar é um benefício nas escolas porque dá voz aos alunos e convida os professores a participarem também da produção dos programas. Os alunos aprendem fazendo".
Ele informou que de 2001 a 2004 o projeto era trabalhado apenas na plataforma rádio, já que as escolas receberam kits de rádio com transmissores de baixa freqüência. Mas, a partir de 2005, quando o projeto passou a ser chamado Programa Nas Ondas do Rádio, eles passaram a utilizar as ferramentas disponíveis na internet para ampliar os recursos e chegar a mais lugares. Antes o programa se limitava apenas ao ambiente escolar.
Atualmente o material é disponível em formato poadcast no blog do programa e as atividades da turma são publicadas também no Twitter. A partir do programa de rádio, outros trabalhos já surgiram, como o projeto Imprensa Jovem. A ideia nasceu para atender uma necessidade das escolas em interagir com a comunidade, divulgando e informando sobre eventos e atividades.
O Imprensa Jovem também expandiu e, além dos eventos escolares, os alunos-repórteres, como são chamados, já fazem a cobertura de eventos por toda a cidade. "O Imprensa Jovem foi um sucesso e já é referência na cidade. Já conseguimos até furos de reportagem", comemorou o coordenador. O novo projeto já montou uma agência de notícias e, segundo o professor, a ideia é que cada escola monte sua própria agência.
Para conhecer o trabalho destes alunos e o programa é só acessar o blog: São Paulo - Adital -
O projeto Educom Rádio nasceu em 2001 na cidade de São Paulo (SP) como uma maneira de promover a cultura de paz e a integração entre alunos, estimulando o protagonismo dos jovens estudantes da rede municipal de ensino. Hoje, a iniciativa se transformou no Programa Nas Ondas do Rádio que agita mais de 110 escolas na cidade. O sucesso da proposta foi tanto que já existe até a Lei Municipal Educom. A Lei Educom -  "Educomunicação Pelas Ondas do Rádio" - foi sancionada em 2005 e prevê a Educomunicação como ação de política pública para cidade. "Com a lei teremos a garantia que o projeto vai continuar na próxima gestão", declarou o coordenador geral do programa, professor Carlos Alberto Lima.
Ele disse que o programa atua em três focos: entrevistas, informação e prestação de serviços. E, para orientar o trabalho dos alunos do ensino fundamental, os professores passam por constantes capacitações em ferramentas midiáticas. Segundo o professor, com o programa os alunos aprendem a se expressar e a desenvolver uma leitura melhor. "A rádio escolar é um benefício nas escolas porque dá voz aos alunos e convida os professores a participarem também da produção dos programas. Os alunos aprendem fazendo".
Ele informou que de 2001 a 2004 o projeto era trabalhado apenas na plataforma rádio, já que as escolas receberam kits de rádio com transmissores de baixa freqüência. Mas, a partir de 2005, quando o projeto passou a ser chamado Programa Nas Ondas do Rádio, eles passaram a utilizar as ferramentas disponíveis na internet para ampliar os recursos e chegar a mais lugares. Antes o programa se limitava apenas ao ambiente escolar.
Atualmente o material é disponível em formato poadcast no blog do programa e as atividades da turma são publicadas também no Twitter. A partir do programa de rádio, outros trabalhos já surgiram, como o projeto Imprensa Jovem. A ideia nasceu para atender uma necessidade das escolas em interagir com a comunidade, divulgando e informando sobre eventos e atividades.
O Imprensa Jovem também expandiu e, além dos eventos escolares, os alunos-repórteres, como são chamados, já fazem a cobertura de eventos por toda a cidade. "O Imprensa Jovem foi um sucesso e já é referência na cidade. Já conseguimos até furos de reportagem", comemorou o coordenador. O novo projeto já montou uma agência de notícias e, segundo o professor, a ideia é que cada escola monte sua própria agência.
Para conhecer o trabalho destes alunos e o programa é só acessar o blog: http://blogandonasondasdoradio.blogspot.com.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pesquisa do Ipea analisa ações voltadas para a juventude brasileira

Tatiana Félix *

Adital -
Nesta semana, foi lançado em Brasília, capital federal, o livro "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A publicação faz um balanço de temas de interesse aos jovens como estudo, trabalho e gravidez. Na obra há estudos feitos pelo instituto que analisam a realidade da juventude brasileira nos últimos anos e as políticas públicas aplicadas para este segmento, com faixa etária entre 15 e 29 anos. Segundo o Ipea, a população jovem representa 26% da população brasileira, ou seja, existem aproximadamente 50 milhões de jovens no país.
No primeiro capítulo existe uma análise dos avanços e das dificuldades da recente Política Nacional de Juventude, implementada no Brasil em 2004. O livro mostra ainda análises sobre as ações, executadas pelo Governo Federal, voltadas para a juventude, como educação, trabalho, saúde, assistência social, cultura, segurança pública etc.

O secretário pontuou alguns dos programas criados pelo Governo Federal como o ProJovem, que beneficia cerca de 1 milhão de jovens, o Programa Universidade para Todos, que possibilitou milhares de jovens ingressarem no ensino superior, e, as escolas técnicas que estão em expansão.
Entre as próximas ações estão a construção do marco legal, a aprovação da PEC da Juventude e o Plano Nacional da Juventude que deve alcançar muitas metas nos próximos anos.
Confira a publicação na íntegra através do link: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/20100119JUVENTUDE.pdf

Prêmio Jovem Cientista abre inscrições

5/2/2010
Agência FAPESP – Estão abertas até 30 de junho as inscrições para a 24ª edição do Prêmio Jovem Cientista. Este ano o tema será “Energia e meio ambiente – soluções para o meio ambiente”.
O prêmio – que foi criado em 1981 – é uma parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Grupo Gerdau, a Fundação Roberto Marinho e a Eletrobrás. O prêmio pretende incentivar a pesquisa brasileira com temas que busquem soluções para problemas encontrados no cotidiano.
São premiados, anualmente, os três primeiros colocados nas categorias Graduado, Estudante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio, e seus respectivos orientadores. Na categoria "Mérito Institucional" são distinguidas uma instituição de ensino superior e outra de ensino médio.
Os três primeiros colocados receberão R$ 20 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Os estudantes do ensino superior receberão R$ 10 mil, R$ 8,5 mil e R$ 7 mil, enquanto os vencedores do ensino médio ganham computadores e impressora.
Além disso, os três primeiros das categorias Graduado, Estudante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio poderão receber bolsas de estudo do CNPq, desde que atendam aos critérios normativos. E o primeiro colocado dessas categorias participará da 62ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2010, com o objetivo de expor suas pesquisas.
Assim como na edição anterior, também serão concedidos R$ 30 mil para cada instituição vencedora na categoria "Mérito Institucional" e o pesquisador homenageado com "Menção Honrosa" receberá R$ 15 mil e uma placa alusiva.
Mais informações: www.jovemcientista.cnpq.br

Saia Justa

escentes têm direito a sexualidade segura

Os jovens necessitam de orientação para desfrutar a sexualidade com segurança e de forma saudável. Quanto mais informados, melhor será a vivência dessa sexualidade, sem culpas e com prevenção
Por Denise de Quadros
Estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que 22% dos adolescentes iniciam a atividade sexual aos 15 anos de idade. A informação consta na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009, divulgada em dezembro do ano passado. O mesmo estudo apontou que a iniciação sexual precoce está associada ao não uso, ou uso inadequado de preservativos e suas consequências (gravidez precoce, DST/Aids). A precocidade no início das relações sexuais dos adolescentes levanta a seguinte reflexão: Até que ponto pais e professores estão preparados para discutir questões relativas à sexualidade com os filhos e alunos?
Dados da PeNSE 2009 mostram que 30,5% dos estudantes já tiveram relação sexual alguma vez. A porcentagem do sexo masculino foi de 43,7% frente aos 18,7% do sexo feminino (para o conjunto das capitais e o Distrito Federal). Nas escolas públicas foram constatados mais alunos que já iniciaram a sua vida sexual (33,1%) comparados aos das escolas privadas (20,8%). Ratificando as diferenças entre o comportamento sexual de meninos e meninas, a Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DSTs e Aids (PCAP-2008) do Ministério da Saúde, também divulgada em dezembro de 2009, detecta que a vida sexual deles começa mais cedo – 36,9% tiveram relações sexuais antes dos 15 anos. Já entre as meninas, esse índice cai para menos da metade (17%).
Risco de contaminação - Quanto à prevalência de DSTs entre adolescentes não há informações, mas sabe-se que o número de casos notificados está bem abaixo dos números reais. Na esfera social, os baixos níveis escolar e socioeconômico estão associados a essas doenças.
No que diz respeito à infecção pelo HIV, os dados que integram o relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado em novembro de 2009, mostram que a tendência de contaminação de mulheres e pessoas cada vez mais jovens pelo vírus é mundial. Crianças e adolescentes com menos de 15 anos somam 2,1 milhões de infectados. Em 2008, 430 mil pessoas nessa faixa etária foram contaminadas e o número de mortes de crianças e adolescentes em consequência da doença chegou a 280 mil. No Brasil, a grande preocupação do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde são as meninas entre treze e 19 anos.
As adolescentes e jovens brasileiras são mais vulneráveis ao contágio da Aids que os meninos de igual faixa etária. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em novembro de 2009, foram registrados mais casos da doença nas meninas entre treze e 19 anos em relação aos meninos, desde 1998. Atualmente, a cada oito meninos infectados existem dez casos de meninas. Antes, a proporção era de dez mulheres para cada grupo de 15 homens.
Uso de Preservativo - Segundo a PCAP-2008, a população brasileira possui um elevado índice de conhecimento sobre as formas de infecção e de prevenção da Aids – mais de 95% da população sabe que o uso do preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo HIV. Esse é um dos índices mais elevados do mundo. Pesquisa realizada em 64 países indicou que 40% dos homens e 38% das mulheres de 15 a 24 anos têm conhecimento exato sobre como evitar a transmissão do HIV.
Entretanto, apesar do elevado conhecimento, depois da primeira relação sexual, o uso da camisinha cai. Passa de 61% para 50% nas relações sexuais com parceiros casuais. Na avaliação da Assessora Técnica do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, Nara Vieira, os jovens de hoje nasceram na era da Aids, por isso a relação com o preservativo é mais habitual. “O problema é que, quando se estabelece a confiança entre eles e o relacionamento fica estável, o uso do preservativo deixa de ser prioridade, em especial, para as meninas”, diz. Para ela é preciso incentivar a negociação do uso do preservativo entre os parceiros. “Muitos adolescentes ainda não estão dialogando de forma correta e nem pensando sobre a prevenção e suas implicações”, afirma.
Para o psicólogo e professor do Projeto Afetivo Sexual, que atende alunos do 6º ano (antiga 5ª série) até o 3º ano no Distrito Federal, Erich Botelho, os jovens precisam entender que o coquetel para a Aids mudou o perfil da doença, mas que a cura ainda não existe.
Pesquisa feito pelo Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NESA/Uerj) para identificar fatores de risco às DSTs na adolescência mostrou que entre as justificativas para o não uso do preservativo estão: esquecimento, custos e desprazer na relação sexual.
Para os pesquisadores um caminho eficaz para inserir o uso do preservativo talvez seja associar a camisinha ao prazer resultante da segurança que ela proporciona. Não usá-la significa correr riscos de engravidar sem querer e/ou sem poder, de ficar doente ou até morrer. Ao mesmo tempo, dizem que não se pode abandonar outras medidas de redução do risco de contaminação por DST/Aids igualmente importantes como: orientações sobre o início da vida sexual, fidelidade mútua, redução do número de parceiros e abandono de práticas sexuais de risco. Erich Botelho acredita que investir na capacitação de jovens formando adolescentes multiplicadores pode ser uma saída eficaz. Boa propaganda e mídia mais formatada por jovens também colaboram.
Prevenção nas Escolas - Os dados da PeNSE 2009 mostram que 87,5% dos estudantes da rede pública e 89,4% da rede privada receberam informações sobre Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Quanto à orientação sobre prevenção de gravidez, 82,1% dos alunos das escolas privadas e 81,1% das públicas, no total das capitais brasileiras e Distrito Federal, receberam informações sobre o tema na escola. A pesquisa revela, ainda, que 71,4% dos estudantes da rede pública e 65,4% da rede privada, tiveram informações sobre a aquisição gratuita de preservativos.
Em 2003, os Ministérios da Saúde e da Educação, em parceria com escritórios das Nações Unidas, implantaram o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, que discute prevenção das DSTs e Aids, saúde sexual e reprodutiva. A iniciativa – presente em mais de 50 mil escolas públicas de todo o país – também disponibiliza preservativo à comunidade escolar. “O jovem está aberto, preocupado com sua saúde. E a escola é um espaço adequado para que os estudantes se conscientizem sobre a importância do uso da camisinha e a prevenção das DSTs”, pontua Nara.
A técnica ressalta a importância do diagnóstico para HIV (30,4% dos jovens entre 15 e 24 anos já fizeram o teste). “Existe uma grande preocupação em incentivar a procura para o diagnóstico”, diz. Pensando nisso, o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas criou um questionário que é aplicado junto aos adolescentes. Nele o jovem é incentivado a refletir sobre a vulnerabilidade ao HIV e a procurar postos de saúde caso deseje fazer o teste. No Brasil, cerca de 255 mil pessoas desconhecem a sorologia.
Gravidez precoce – Outro ponto importante que envolve a questão da sexualidade na adolescência diz respeito à gravidez. A OMS considera a gravidez precoce um problema médico-social grave e de alto risco para saúde das jovens.
Especialistas advertem que entre os principais riscos estão: a maior incidência de partos prematuros e recém-nascidos de baixo peso e a incidência de doenças venéreas. Além disso, a gravidez na adolescência envolve muito mais que problemas físicos, traz também problemas emocionais e sociais. A grande maioria das meninas não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas fogem de casa. De acordo com a pesquisa “Juventudes Brasileiras”, realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a evasão escolar é uma das consequências imediatas da gravidez na adolescência: 25% das garotas que engravidam abandonam a escola.
A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 1996) - realizada a cada dez anos – já mostrava um dado alarmante: 14% das adolescentes brasileiras já tinham pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas com idade entre dez e 14 anos. Nesse mesmo período, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos.
Sexo em casa e na escola ainda é tabu?A adolescência é uma etapa da vida na qual a personalidade está em fase final de estruturação e a sexualidade se insere nesse processo, sobretudo, como elemento determinante da identidade. Nos tempos modernos, o sexo tornou-se um dos assuntos mais discutidos, mesmo assim, muitos pais ainda enfrentam dificuldades para abordar o tema junto aos filhos. Segundo o psicólogo e professor Erich Botelho, a sexualidade representa  muito mais do que o ato sexual. Ela envolve a descoberta do corpo, dos sentidos e está presente desde o ato gestacional. “Todo o aprendizado que a criança tem passa pela descoberta do corpo e isso não pode ser tolhido”, diz. Para a socióloga e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Juventude, Identidade, Cultura e Cidadania, Mary Garcia Castro, sexualidade é ter prazer em toques, em estar junto, em descobrir o corpo e gostar dele como ele é, mesmo fora de padrões convencionais.
Na hora de tirar as dúvidas sobre sexo e os aspectos envolvidos pela sexualidade, inclusive a gravidez, o jovem precisa conversar com pessoas de confiança, com as quais se sinta à vontade. Pedagogos assinalam que o ideal seria os pais iniciarem essa conversa na infância, o que facilitaria uma nova abordagem do tema na adolescência. Especialistas apontam que essa temática deveria ser tratada, inclusive, em programas de televisão destinados às crianças.
Mas, na prática, não é isso que ocorre. Os pais, muitas vezes, ficam constrangidos e acreditam que falar de sexo com os filhos é algo que pode levá-los a ter relações precocemente. Essa dificuldade em abordar a sexualidade impede que os jovens tenham uma fonte segura para esclarecer suas dúvidas. De acordo com Erich, os pais, por uma série de aspectos, sejam eles, cognitivos, demanda pessoal ou de valores familiares, ainda sentem dificuldade em tratar o assunto. Em sua opinião, quando isso ocorre é dever dos pais procurar ajuda de um profissional da área. “As famílias de hoje estão mais preparadas, a Internet se tornou uma ferramenta à disposição de todos, a literatura está cada vez mais acessível. O que falta a alguns pais é aceitar que têm limitações”, completa.
Para ele, o diálogo deve iniciar em casa e continuar na escola. “Mas é essencial que a família e a escola falem uma linguagem compatível e que o tema seja abordado com naturalidade”, sustenta. Erich aponta a necessidade de incluir, cada vez mais, nas escolas projetos pedagógicos que contemplem essa temática. “Hoje o que se vê é a falta de preparo dos professores, muitos não são orientados quanto à maneira adequada de falar sobre sexo com os alunos. E pior, alguns não têm sequer a formação pedagógica necessária para abordar a sexualidade e o tema fica aquém do ideal”, ressalta. A socióloga concorda. “A sexualidade, como afetividade e gênero deveriam ser matérias das escolas, por oficinas, no aprender juntos”, frisa.
A Assessora Técnica do Departamento de DST/Aids, Nara Vieira, diz que a falta de qualificação dos professores é uma grande discussão. Os professores admitem que não sabem lidar com esse tema. Mas, para ela, a questão não é estar preparado ou não, e sim tratar o assunto sem que o mesmo seja visto como tabu. “O professor precisa trabalhar o tema com fatos pontuais, incorporá-lo ao cotidiano, ampliar a discussão e ações que ele mesmo pode desenvolver, mas com a participação do jovem”, diz. Ela observa que existe inclusive material educativo disponível para professores e profissionais da saúde (promovido pelos Ministérios da Saúde e Educação) e que as secretarias estaduais estão promovendo formação de professores. “O processo é contínuo e o professor tem de estar aberto para discutir o tema”, observa.
Mary Castro, lamenta o fato de pais e professores não estarem preparados para discutir a temática. Os pais, porque não tiveram e comumente não têm uma sexualidade prazerosa, sadia, e são mais preocupados em evitar filho, Aids e ensinar comportamentos de acordo com os padrões morais. As escolas porque lidam com um tema complexo como sexualidade - que navega entre sensualidade, afetividade, curiosidade com transformações do corpo e exercício de poderes de forma convencional - por aulas, ciências e menos pela prática ou cotidianidade. “A sexualidade poderia ser discutida em aulas de história, matemática, geografia; em situações ocorridas no recreio; em família diante de matérias de revista ou em programas de TV. Uma boa análise crítica dos reality shows dão uma ótima pauta sobre sexualidade: eroticismo x pornografia”, exemplifica.
“Os jovens buscam na sexualidade uma sociabilidade, poder e autonomia que se mesclam com adrenalina, aventura, fama. A repressão faz com que a sexualidade não seja vivida. A família, a escola e os pares, com o auxílio da arte educação podem colaborar para isso. Mas não é o que vem acontecendo”, lamenta a socióloga. Em sua opinião, há boa intenção nas políticas públicas do país, como a distribuição de preservativo, os atuais anúncios sobre preconceitos em relação a pessoas portadoras do HIV/Aids e atenção a adolescentes grávidas. “Mas elas têm um raio de alcance reduzido e são muito formais. Já os parâmetros curriculares, são bem formulados, porém não foram bem aceitos pelos professores. Isso mostra que não basta investir na normatividade. Investimento cultural deve ser parte dos pontos de cultura, das escolas e claro do sistema de saúde (médicos e equipes multidisciplinares)”, aponta.
Segundo o psicólogo e professor Erich Botelho, o jovem sem respaldo e sem orientação acaba adotando um comportamento de onipotência. Para ele, o grande desafio é incluir uma política de educação não só falando de gravidez ou DST/Aids, mas que aborde outros assuntos co-relacionados como: afetividade, relações interpessoais, auto-estima, relacionamentos, valores,  uso de drogas, bullying, violência. Além disso, é preciso criar um local onde o jovem possa ser ouvido, um espaço de troca. “Abrir esse debate em casa, na escola e na sociedade é o que o jovem busca”, conclui.
Carnaval – As meninas são o público-alvo da campanha de prevenção à Aids neste Carnaval de 2010. O Ministério da Saúde vai priorizar o grupo de garotas de treze a 19 anos. O motivo é o crescimento, nos últimos anos, de casos da doença em meninas dessa faixa etária. Com veiculação nas emissoras de televisão e rádio, a campanha vai orientar os jovens sobre as formas de contágio da doença e os cuidados para a prevenção, além da distribuição de camisinhas nos sambódromos e blocos de rua.
Sugestões de fontes:
Mário Volpi - Consultor - Saúde do adolescente - Unicef Brasília
E-mail: 
mvolpi@unicef.org
(61) 3035-1969
Nara Vieira - Assessora Técnica do Departamento de DST e Aids / Ministério da Saúde
Telefones: (61) 3306 7016 / 7010 / 7008 / 9221 2546
E-mail:  
imprensa@aids.gov.br
Site: www.aids.gov.br
Ministério da Saúde – Assessoria de Comunicação
(61) 3315-2005 / 7016
Erich Botelho – Psicólogo e Professor
E-mail: 
erichpsicologo@gmail.com
(61) 9217-7973
José Eduardo Andrade – Secretário-executivo do Conselho Nacional de Juventude - Conjuve
E-mail: 
joseeduardo.andrade@planalto.gov.br
(61) 3411- 3558 / 3592
(61) 9177- 9141
Material de apoio:
Doenças sexualmente transmissíveis na adolescência: Estudo de fatores de riscohttp://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v37n3/20296.pdf
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDShttp://www.onu-brasil.org.br/agencias_unaids.php
Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids (PCAP)http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISE77B47C8ITEMIDE56B57FF739940039DB3112DF74DE47FPTBRIE.htm

Aprendiz recebe inscrições para programa de comunicação voltado para jovens

Estão abertas, até 22 de fevereiro, as inscrições do programa Repórter Aprendiz, da Associação Cidade Escola Aprendiz. Podem se inscrever jovens que tenham interesse em diferentes linguagens da comunicação. Vídeo, foto, texto, fanzine, quadrinhos e animação são trabalhados em grupo na criação de produtos publicados em veículos digitais e presenciais, buscando a mobilização da cidade na promoção dos direitos humanos e sustentabilidade social.

A Cidade Escola Aprendiz está localizada no bairro da Vila Madalena, em São Paulo (SP).

Mais informações pelo telefone (11) 3813-1249 ou pelos e-mails juliadietrich@aprendiz.org.br e vitormassao@aprendiz.org.br.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Crianças devem receber educação sexual aos 7 anos?

O governo britânico acha que sim. E no Brasil, qual é a idade ideal?



Uma criança de 7 anos deve aprender na escola como são formados os óvulos e os espermatozóides?

E mais do que isso: nessa idade, ela pode receber informações sobre abuso sexual, emocional e violência doméstica?

Os objetivos são evitar o abuso sexual infantil e diminuir o índice de gravidez na adolescência.

Lisa Hallgarten, especialista em treinamento de professores, diz que na Holanda, onde a educação sexual começa mais cedo ainda, a partir dos 5 anos, esses índices são baixíssimos. Enquanto os ingleses, que começam a receber educação sexual aos 16 anos, têm o maior número de casos de gravidez na adolescência de toda a Europa. 



No Brasil, estados e municípios podem incluir aulas de educação sexual a partir da quarta série do Ensino Fundamental, quando a criança tem por volta dos dez anos de idade. 

O Governo Federal tem um programa para adolescentes e jovens dos 13 aos 24 anos. O alunos aprendem e discutem temas como: prevenção de doenças sexualmente transmissíveis; gravidez na adolescência; diversidade sexual; e reprodução. Dois terços das escolas públicas brasileiras adotam esse programa. 

Segundo o governo, as campanhas ajudam a explicar a queda nos números da gravidez de meninas e adolescentes. 

Em 2009, o Brasil teve, pelo Sistema Único de Saúde, 444 mil partos de mães entre dez e 19 anos de idade. Dez anos atrás, foram 712 mil partos. A redução em uma década foi de quase 40%. 



Veja filme e reportagem completa aqui

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Instituto Brincante em parceira com Instituto C&A oferece cursos gratuitos.

Instituto Brincante em parceira com Instituto C&A oferece cursos gratuitos.
 
O Instituto Brincante oferece formações de jovens brincantes, dança e percussão brasileiras para jovens entre 15 e 25 anos. O objetivo do curso é a formação de jovens artistas-educadores a partir da prática e do estudo multidisciplinar do canto, da percussão, da dança e da oralidade, presentes nas manifestações populares.
 
As inscrições devem ser feitas somente pelo site no período de 18 de janeiro a 12 de fevereiro de 2010. As aulas terão início em 08 de março.
Ficha de inscrição, descrição dos conteúdos, horários das turmas e número de vagas por curso estão disponíveis no site: http://www.institutobrincante.org.br/index.php/cursos-gratuitos/54-formacao-de-jovens-brincantes.
 
(Fonte: Instituto Brincante, data: 25 de janeiro de 2010)
  

Conselho de Juventude de São Paulo delibera calendário de atividades

Em primeira reunião do ano, Conselho de Juventude de São Paulo delibera calendário de atividades

O Conselho Municipal de Juventude de São Paulo realiza neste sábado, 6 de fevereiro, a primeira reunião do ano. O encontro do conselho vai deliberar o calendário de atividades de 2010.

Os interessados em assistir às discussões podem comparecer ao auditório da Secretaria Municipal de Participação e Parceria (r. Líbero Badaró, 119, térreo), às 10 horas.